Uma Dupla [Capítulo 8]

Parte da série A Grande Maçã

Era quarta-feira de manhã. Eu me levantei e desci ás escadas para tomar café da manhã. Meu irmão estava sentado á mesa junto com minha mãe.

- bom dia mãe – falei dando um beijo no rosto dela.

- bom dia Fry – falou meu irmão. – vai se acostumando eu não vou parar de vir ver minha mãe só por sua causa.

Eu peguei um copo de leite e subi ás escadas.

- vou tomar café da manhã no meu quarto. – falei subindo ás escadas.

Depois de comer eu peguei meu notebook e conectei para poder conversar com Homer.

- bom dia Homer! – digitei.

- olá Fry, senti sua falta ontem.

- foi mal, eu estava meio triste e não tive ânimo. Eu não queria te passar minha tristeza.

- fico feliz de saber que mesmo quando não está conectado você pensa em mim.

- e você pensa em mim?

- as vezes antes de dormir, fico pensando em como você é. Eu fecho os olhos e fico imaginando nós dois...

- seu safado! – digitei com um sorriso.

- brincadeira – digitou ele.

Antes que eu pudesse digitar outra coisa o meu celular tocou.

- só um minuto Homer. – digitei.

- ok – respondeu ele.

- quem está falando? – perguntei.

- bom dia – estou falando com Fry?

- é ele mesmo.

- eu ví seu anuncio e gostaria de um programa.

- você já sabe o valor?

- é isso que eu queria conversar com você, por acaso você atende duas pessoas ao mesmo tempo?

- duas pessoas? – perguntei

- sim, ao mesmo tempo. É um amigo meu.

- atendo sim.

- tudo bem então – falou ele – você está livre a partir de que horas?

- o dia todo, o horário que você quiser eu estou disponível.

- ás 17:00 na praça central.

- ok, eu espero vocês na praça ás 17:00.

Depois do almoço eu me arrumei e fui até a praça que ficava no centro. Enquanto eu aguardava o meu celular tocou, eram os clientes.

- olá – atendi.

- aonde você está? – perguntou o homem do outro lado da linha.

- estou na praça sentado próximo a uma lanchonete, estou de camisa vermelha.

- já estou de vendo. – ele falou isso e desligou o telefone.

Eu olhei em volta procurando por alguém e ví dois homens se aproximando. Eu me levantei e eles vieram até mim.

- Fry?

- sou eu mesmo.

Um dos homens era branco, quase careca com os cabelos bem curtinhos, tinha os olhos verdes, boca carnuda e o corpo definido. O nome dele era Stan, o outro homem era branco e usava barba, ele tinha olhos castanhos, usava o cabelo arrepiado e também tinha um corpo definido e boca carnuda seu nome era Evan. Eu podia contar às vezes em que saia com clientes bonitos. A maioria dos meus clientes eram homens normais.

- Stan e Evan vamos pra algum lugar? – falei com um sorriso no rosto.

- nosso carro está daquele lado – falou Evan dando um tapa carinhoso no meu ombro e nós fomos andando pela praça até o carro deles.

Stan entrou e se sentou no banco do motorista.

- vocês dois se sentam atrás. – falou Stan.

Eu e Evan entramos e nos sentamos atrás. Stan ligou o carro e seguimos caminho.

- você não sabe como foi difícil encontrar alguém que topasse atender duas pessoas ao mesmo tempo. – falou Stan.

- tem muitos caras que não topam.

- você sempre atendeu? Ou nós somos os primeiros?

- eu sempre atendi, eu nunca tive nada contra.

- ainda bem que te encontramos.

Eu olhei para o lado e Evan estava calado apenas ouvindo sem dizer nada.

- nós vamos para onde?

- para um hotel – falou Stan.

- eu sei que não é da minha conta, mas posso perguntar uma coisa?

- claro – falou Stan.

- vocês são um casal? Tipo... namorados?

- não – falou Stan sorrindo – somos só amigos. Eu sou solteiro e meu amigo caladão aí é casado.

- entendo – falei olhando para Evan.

O carro ficou silencioso por alguns minutos quando Stan parou no sinal.

- você está bem? – perguntei para Evan.

- estou sim – falou ele forçando um sorriso.

- não liga pra ele – falou Stan – meu irmão aí ao lado nunca ficou com um homem antes.

- sério? Você então é casado com uma mulher?

- sou sim – ele falou isso coçando a barba.

- eu mandei vocês dois se sentarem aí atrás pra conversarem, vamos lá Evan conversa com ele.

Nós ficamos calados e Evan não disse nada ele aparentava estar bem constrangido e desconfortável.

- Fry, você acha que consegue fazer esse cara aí a trás de soltar?

- bom, se você me permite eu consigo sim, mas eu só posso tentar se ele realmente quiser.

- eu quero – falou Evan – é só que... você entende, eu tenho 35 anos e nunca tive relações com outro homem, eu nem sequer beijei outro homem. Então você entende como deve ser difícil pra mim.

- mas você tem vontade?

- tenho sim, você não sabe o quanto.

- posso tocar em você?

- claro – falou ele.

Ele estava sentado do meu lado esquerdo.

Eu me aproximei dele e toquei seu peito com minha mão direita.

- nossa, me perdoe dizer, mas com um corpo desses deve chorar homens e mulheres na sua horta.

- várias – falou ele com um sorriso sem graça.

- não precisa ficar sem graça, passa o braço por trás de mim e me abraça. Ele passou o braço direito por trás de mim e me abraçou me fazendo deitar em seu ombro e eu fiquei com o nariz em seu pescoço.

- Stan, tem certeza que ninguém vai ver.

- relaxa Evan as janelas estão fechadas e tem insulfilme nelas ninguém vai ver você abraçando outro cara, com coisa que isso é grande coisa.

- não se preocupe – falei me levantando – não vou fazer nada que você não quiser, eu sei como deve estar desconfortável.

Eu olhei pra frente e ví que Stan parou em frente a um hotel.

- nós vamos nos hospedar aquí.

Nós entramos no hotel e reservamos um quarto que parecia mais um apartamento. Tinha duas camas de casal, um banheiro gigante e cozinha. O quarto ficava no 19º andar. Nós entramos no elevador e logo chegamos ao corredor e abrimos a porta do nosso quarto que era o número 152.

Nós entramos no quarto e eu fui direto para a cozinha e tomei um copo de água.

- eu vou ao banheiro – falou Evan.

Stan veio comigo até a cozinha. Eu peguei um copo de água e tomei. Eu coloquei o copo em cima da pia e Evan se aproximou.

- quero te perguntar uma coisa – falou ele cochichando – você acha melhor eu sair e deixar vocês a sós?

- sim, como vai ser a primeira vez dele ele vai preferir estar sozinho comigo.

- ok, eu só vou voltar quando vocês me ligarem

- tudo bem.

- me dá só um beijo – ele veio até mim e deu um selinho na minha boca – à noite você vai cuidar de mim – falou ele dando outro selinho na minha boca.

Eu me afastei um pouco e Evan apareceu.

- Evan eu vou sair e deixar vocês a sós, eu só vou voltar mais tarde.

- tudo bem – falou ele.

Stan saiu pela porta e ficamos apenas Evan e eu.

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