O Susto [Capítulo 20]
Parte da série A Grande Maçã
Nós nos sentamos á mesa de frente um para o outro.
- você quer pedir algo para comer ou prefere pedir algo para tomarmos antes? – perguntou ele.
- você que sabe. – falei dando um sorriso para ele.
- vamos pedir o almoço então.
- tudo bem – falei.
O garçom veio e nós dois fizemos o pedido.
- você pode trazer pra gente uma garrafa de cerveja por gentileza? – falou Homer olhando para mim – você bebe?
- sim – respondi
O garçom veio com a garrafa e se foi para fazer nosso pedido.
- então há quanto tempo você está aquí? – perguntou Homer colocando cerveja no copo pra mim e depois para ele.
- há duas semanas – respondi tomando um gole.
- o que você está achando daqui?
- uma bela cidade. Realmente grande eu estou impressionado.
- e a faculdade? Está gostando?
- estou sim.
- fico feliz por você ter conseguido. – falou ele tomando um gole – você imaginou que um dia nós estaríamos aquí pessoalmente?
- nunca – respondi tomando um gole.
- o que você achou de mim? Acha que vai conseguir passar hoje sem ir pra cama comigo? – perguntou.
- o que? – perguntei rindo.
- brincadeira – falou ele. – apensar que se eu tivesse chance você seria meu.
- não me deixa envergonhado – respondi.
- e então? – perguntou ele – o que achou de mim?
- digamos que seu namorado é um homem de sorte.
- obrigado – falou ele terminando o copo.
Depois que terminamos de tomar a bebida nosso almoço chegou. Nós conversamos enquanto comíamos.
- e sua mãe? Ela está melhor – perguntou Homer.
- sim, uns dias atrás eu passei por um grande susto, mas agora está bem. – falei. – e sua família?
- eu sai da casa dos meus pais, agora eu estou morando com meu namorado.
- sério?
- sim.
- fico feliz. E o restante da sua família?
- está todo mundo bem, meu irmão, minha irmã e meus pais estão ótimos.
- você não contou para seu namorado sobre mim né?
- não, fica tranquilo ele nem imagina, só que eu não acreditei na sua desculpa de ter desaparecido por causa de algumas coisas da sua vida.
- acredito, foi por causa disso mesmo.
- tudo bem – falou ele com um sorriso.
Depois que nós comemos decidimos ir embora. Nós dividimos a conta e logo estávamos de fora do restaurante.
- eu vou indo então – falei estendendo a mão. – gostei de te conhecer e peço desculpas outra vez por ter desaparecido todo aquele tempo.
- desculpado – falou ele. – você mora aonde? Eu te levo lá. – falou ele pegando um cigarro e colocando na boca.
- você não parou de fumar? – perguntei.
- eu tentei... eu ainda tento, mas não consigo.
- eu segui seus conselhos e você não seguiu os meus?
- pra mim é mais difícil, meu irmão fuma, meu namorado fuma, várias pessoas que eu conheço fumam pra mim parar é mais difícil.
- só espero que não desista.
- vou continuar tentando. – falou ele acendendo e assoprando a fumaça. – responde o que eu te perguntei, aonde você mora? Eu te levo até lá.
- não precisa eu vou de metrô.
- faço questão de te levar.
- é sério não precisa. – respondi.
- é sério eu vou te levar. – falou ele começando a andar e indo em direção do seu carro.
- não precisa – falei.
- eu não estou ouvindo – falou ele se afastando.
Eu sem opção decidi ir com ele. Ele foi andando e logo ví ele dar a volta no carro, antes de entrar ele jogou o cigarro no chão e entrou no carro e ficou esperando eu chegar e eu entrei e sentei ao lado dele.
Ele ligou o carro e nós começamos na os mover.
- aonde você mora? – perguntou ele.
- pode seguir por essa rua – falei apontando – e depois eu te ensino o resto.
- é um pouco longe hein? – falou ele.
- fica sim, mas fica perto da minha faculdade.
Depois de uns 10 minutos dirigindo o celular dele tocou e ele atendeu no viva voz.
- é meu namorado – falou ele. – se você não quiser que ele saiba que nós dois estamos nos falando você fica caladinho – falou ele ligando o celular.
- alô – falou Homer.
- Homer onde você está? – perguntou o namorado.
- eu estou resolvendo alguns problemas – falou ele.
- eu preciso de um favor seu
- qual? – perguntou.
- eu preciso que você pare de fazer o que estiver fazendo e vá para casa agora.
- por que?
- você precisa pegar uns papéis que deixei em minha escrivaninha e digitalizar eles pra mim. Envia eles para meu e-mail, eu estou com um comprador aquí e esqueci os papéis dele em casa.
- vou pra lá agora – falou Homer.
- obrigado amor, beijo – falou ele.
- beijo – respondeu Homer desligando.
- você pode me deixar perto da próxima estação que eu pego o metrô – falei.
- nem pensar – falou Homer – meu apartamento não fica muito longe daqui, eu pego os documentos envio pra ele e depois deixo você em casa.
- cara é sério, não precisa.
- eu não vou parar o carro.
Eu olhei pela janela e respirei fundo tentando tirar uma coisa boa daquela situação... eu pensei, pensei e nada.
Depois de alguns minutos ele estacionou em frente de um prédio de mais ou menos 10 andares. Ele saiu do carro.
- você vai subir comigo.
- eu espero aquí.
- senhor Fry você não aprende? – falou ele batendo a porta.
Nós entramos no prédio e cumprimentamos o porteiro e entramos no elevador.
- qual andar você mora?
- no 5ª – respondeu Homer.
Logo o elevador parou e abriu as portas, mas para minhas surpresa tinha uma outra porta.
- não entendi!- falei.
- cada andar é um apartamento. – falou Homer pegando a chave e destrancando a porta e abriu a porta. Era enorme. O apartamento e o andar inteiro.
- nossa aquí é muito bonito. – falei entrando e Homer fechou a porta.
- você quer beber alguma coisa? – perguntou ele.
- não, vai logo lá enviar esses documentos antes que ele descubra que você está com alguém.
- que medo é esse?
- só não quero estragar seu casamento.
- ele não é tão ciumento assim, ele é só como todos os namorados e namoradas do mundo.
Eu deu um sorriso falso concordando e me sentei no sofá da sala enquanto ele foi até o escritório e foi até o computador resolver o que tinha para resolver.
Depois de uns 10 minutos ouvindo alguns barulhos de dentro do escritório como scanner e outros ele finalmente saiu de lá.
- prontinho – falou ele pegando a chave do carro em cima do criado mudo na sala.
- Nick trabalha de quê? – perguntei enquanto Homer abria a porta do apartamento e apertou o botão do elevador.
Ele não respondeu e apenas ficou calado. E eu fiquei olhando pra ele com uma expressão estranha no rosto.
- como você sabe o nome dele? – perguntou Homer.