O Teste [Capítulo 11]

Parte da série A Grande Maçã

Era um dia antes da prova. Eu tinha estudado feito um louco naqueles últimos dias, minha vida estava resumida em casa-trabalho e trabalho-casa, tirando alguns programas que eu fazia, mas não aceitei todos porque eu precisava realmente estudar. Eu acordei naquela sexta-feira nervoso e ansioso um misto que fez minha barriga doer logo de manhã.

- a prova é amanhã – falei pra mim mesmo de frente ao espelho.

Eu tomei um banho gelado e desci para tomar o café da manhã.

- bom dia mãe – falei.

- bom dia filho. – falou ela se sentando na mesa. – as provas serão no sábado e no domingo?

- sim – falei pegando um copo de leite puro.

- você não vai trabalhar hoje?

- não, eu pedi folga de três dias, então agora eu só vou trabalhar na quinta-feira.

- eu sei que você vai conseguir.

- é muito difícil mãe.

- Fry, eu ví você a vida inteiro dizendo que queria ser médico, apesar de tudo o que aconteceu você nunca desistiu e conseguiu juntar o dinheiro para fazer a faculdade. Eu ví você estar feito louco todos esses anos e finalmente chegou o dia em que tudo o que você fez vai valer a pena.

- obrigado pela confiança.

- você vai conseguir.

Depois que eu tomei o café da manhã como sempre eu fui para meu quarto e peguei meu notebook para conversar com Homer.

- bom dia Homer.

- está chegando o grande dia! – digitou ele.

- finalmente – digitei – eu estou nervoso e ansioso.

- não precisa, se acalma, você estudou muito por tudo isso.

- mesmo assim eu ainda estou nervoso.

- é normal – digitou ele.

- e você? Como está?

- estou ótimo, meu namorado descobriu sobre a gente.

- o que ele disse?

- ficou com ciúmes.

- eu aquí em casa cuidando da minha vida e nem sabia que estava acabando com seu relacionamento, nós vamos ter parar de nos falar.

- claro que não. É apenas um ciúme bobo, logo vai passar.

- vocês namoram há quanto tempo?

- 2 anos.

- o relacionamento de vocês é forte, vai superar isso.

- quem sabe um dia você vem me visitar aí ele vai ter motivo pra ficar com ciúmes.

- quem sabe quando eu for médico porque se eu conseguir passar na prova vou ter que estudar feito um louco.

- quem sabe eu vou e levo meu namorado comigo.

- ele vai morrer se você um dia fizer isso – falei dando risada.

Minha mãe bateu na porta do meu quarto.

- Fry – falou ela.

- pode entrar – falei.

- preciso de falar uma coisa – falou ela entrando.

- o que foi? A senhora está se sentindo bem?

- estou sim. Não se preocupe comigo.

- o que foi então?

- seu tio Jeff vai vir aquí hoje te desejar boa sorte.

- tudo bem. Não vou ficar nervoso por causa disso e nem estressado.

- obrigada – falou ela.

- ele vai vir almoçar?

- depois que ele sair do trabalho.

- tudo bem.

Minha mãe saiu do quarto e eu continuei conversando com Homer

- meu tio vai vir aquí em casa hoje.

- você vai seguir o conselho que eu te dei meses atrás?

- vou sim. Não quero me estressar por causa disso.

- fez bem. Crie novas lembranças com seu tio dessa maneira as lembranças ruins que você tem vão desaparecer.

- vou tentar.

A noite foi chegando e eu fiquei aguardando meu tio chegar, eu me sentei na sala para assistir TV enquanto ele não chegava.

O jantar ficou pronto ás 19:21. Depois do jantar eu desisti de esperar na sala e fui para meu quarto. Eu liguei o computador e naveguei na internet até que finalmente eu ouvi um carro parando na porta da minha casa e eu fui até a janela e ví meu tio saindo do carro.

Eu desci ás escadas e o ví abraçando minha mãe.

- boa noite – falou ele esticando a mão e eu apertei a mão dele.

- boa noite. – respondi.

- eu vim aquí te desejar boa sorte – falou ele com um sorriso no rosto.

- obrigado. – respondi.

- eu queria falar uma coisa com você – falou ele.

- pode falar – falei cruzando o braço.

- a gente pode ir pro seu quarto? É meio que particular.

- tudo bem. – eu olhei pra minha mãe e ví que ela estava com um sorriso no rosto. Ela estava feliz por mim não ter brigado com meu tio e estar tratando ele normalmente.

Eu me virei e subi ás escadas e meu tio veio atrás de mim e nós entramos no meu quarto.

- o que você quer falar? – falei me virando pra ele.

- eu sei que você é garoto de programa.

Eu gelei quando ele disse aquilo.

- o que? Eu não sei nada sobre isso.

- não adianta mentir Fry, eu sei.

Eu fiquei calado olhando pra ele.

- como você descobriu?

- eu te segui Fry, várias vezes. Eu sempre ví você saindo com vários homens diferentes.

- você não pode me jugar. – falei.

- não vou te jugar. Não estou te jugando.

- você não pode contar pra minha mãe. Por favor ela vai ficar decepcionada comigo. – falei me aproximando dele.

- eu não vou.

Eu me acalmei e respirei fundo.

- você tem que entender que eu tenho que cuidar dessa família.

- eu sinto muito por você ter precisado passar por isso.

Eu me sentei na cama e fiquei calado apenas ouvindo.

- porque você me seguiu? – perguntei.

- a primeira vez foi quando eu vim almoçar aquí, eu queria falar com você em particular e você nunca queria falar comigo aquí na sua casa então decidi te chamar para comer ou tomar algo para que nós pudéssemos conversar então naquele dia eu te segui até o centro, mas eu ví você se encontrando com um homem no shopping e pensei que fosse seu namorado então decidi não me aproximar. A um tempo atrás então decidi falar com você outra vez. E fui te ver no trabalho.

- que dia? – perguntei.

- a um mês mais ou menos, mas você não estava trabalhando. Tinha um cara chamado Leroy eu cheguei nele e chamei por você, ele então disse que você não estava trabalhando naquele dia, mas que podia me ligar que eu estava atendendo todos os dias. E ele me disse que você foi ótimo.

- ele é um idiota – falei.

- ele deve ter achado que sou um cliente seu.

- eu não sei nem o que dizer.

- não diga nada – falou ele se aproximando e colocando as mãos na minha cintura e me dando um selinho na boca.

- o que é isso? – falei olhando nos olhos dele.

- você faz sexo com um monte de homens por dinheiro – falou ele com um sorriso no rosto – quando você quiser um homem apenas para fazer sexo é só me avisar – falou ele dando um beijo no meu rosto.

- você é meu tio – falei alisando o rosto dele que tinha uma barba por fazer.

- o que é que tem? – falou ele dando um selinho na minha boca e depois colocando a língua na minha boca e demos um beijo demorado. Eu corpo estava bem perto do dele e eu fiquei arrepiado quando senti ele alisando minhas costas enquanto nos beijávamos. – tem algum problema eu querer te beijar? Eu sou seu tio não seu pai.

- mesmo assim – falei sentindo a respiração dele no meu rosto – você não acha isso errado?

- errado? – falou ele dando um beijo no meu rosto. Eu dei um beijo no pescoço dele. – porque seria errado? Somos dois adultos fazendo algo consentido. Eu não vejo problemas nisso. Você provavelmente também não vê se não você não teria me beijado de volta.

- eu vejo um problema nisso, é estranho, mas eu não consigo de te soltar, eu não quero te soltar tio Jeff – falei deitando a cabeça no ombro dele. – eu posso mudar de idéia.

- espero que você mude – falou ele dando um selinho na minha boca – vou te dar um tempo pra pensar nisso, mas pense com carinho – falou ele apertando minha nádega direita.

Eu coloquei a mão no peito dele e alisei dando um selinho na boca dele sentindo sua língua molhada se entrelaçando com a minha.

- eu vou pensar – falei.

Meu tio então saiu do quarto com um sorriso no rosto e eu deitei na cama não acreditando no que tinha acontecido.

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