Capítulo 04 - Medo de amar

Conto de dcarlossp como (Seguir)

Parte da série LOVE ONE

– Alex, desculpe se vou parecer mau educado mas se eu quiser ficar com ele, a vida é minha e eu faço dela o que quiser! – respirei fundo. – Entendeu?

– Eu tenho certeza absoluta de que esse cara é problema e você não se mete com problemas, ele vai te fazer mau. Sai dessa enquanto pode!

– Não, eu não vou bancar o paranoico com o Lucas só porque você o julga sem conhece-lo.

– Bruninho... Eu me preocupo com você! – disse ele apoiando sua mão direita em meu braço.

– Então já que se preocupa mesmo. – refleti um instante antes de prosseguir. – Me faz o favor de não se envolver no que eu sinto por ele!

Deixei-o sozinho na sala temendo que ele pudesse me dizer mais alguma coisa sobre o qual errada era a minha escolha, eu já tinha duvidas demais pairando sobre minha cabeça para que mais alguém abalasse o pouco de confiança que ainda me restava naquele garoto misterioso que em apenas um dia havia me feito sentir tanto no céu quanto no inferno!

Puxei o ar e sentei-me ao lado de Lucas que estava comendo um sanduiche e um suco de frutas vermelhas, chamei o garçom com um gesto e fiz meu pedido.

– O que ele queria de você? – perguntou-me Lucas com um semblante de preocupação que até então eu desconhecia.

– Não sei bem o que, mas pelo jeito parecia mais que ele queria algo era de você e não de mim! – disse em um tom descontraído no que Lucas engasgou com o gole de suco que tomara. – Você está bem? Eu só fiz uma brincadeirinha.

– Estou... mas, o que ele te disse? – insistiu Lucas.

– Que você é um psicopata! – Lucas engasgou de novo só que desta vez mais forte. – Poxa, você não sabe que eu estou brincando? Ele não disse nada, talvez tenha sentido ciúmes de algo mas só.

– Bruno eu te amo! – disse ele olhando no fundo de meus olhos coberto de sinceridade e carinho.

– Eu... eu... eu acho que... – as palavras não saiam. Eu acho que eu...

Quando finalmente encontrei coragem de dizer já era tarde demais, seus lábios e os meus se misturavam, seu gosto era tão bom, sua língua era hábil enquanto que a minha apenas seguia em seu ritmo denunciando minha completa falta de experiência com beijos.

– Não precisa dizer se não se sente pronto, eu sei que você também me ama! – disse ele bem baixinho antes de voltar a me beijar.

– Nossa que lindo! – gritou uma voz terrivelmente conhecida fazendo com que Lucas e eu parássemos de nos beijar e nos virássemos em direção a ela, era Jeniffer com sua fiel escudeira Paty. – A uma semana atrás quando estive na sua você nem me deu bola e agora... – Jeniffer bufou com uma expressão de raiva ao me encarar e voltou sua atenção novamente a Lucas. – Agora você fica com esse veadinho!

– Não te ensinaram a ter modos garota, acontece que esse “veadinho” a quem você se refere é o meu namorado. – gritou ele se levantando com uma postura intimidadora que fez com que Jeniffer e sua amiguinha recuassem alguns passos.

– Bem que eu suspeitei da serpente não ter dado seu bote na classe! – pensei em voz alta.

– Escuta aqui garoto, isso não vai ficar assim e quanto a você Lucas eu sei quem você é. – disse ela exaltada.

– Sai daqui agora. – falou Lucas segurando em seu braço com um tom assustadoramente calmo.

Naquele instante eu queria poder enfiar minha cabeça em um buraco de tamanha vergonha, todos no restaurante pararam para ver aquela cena de mau gosto armada por aquela garota sem noção, sua amiga parecia se divertir com a situação. Lucas então soltou seu braço e as duas saíram como loucas cuspindo veneno pela boca.

– Namorado! – repeti em voz alta antes de me dar conta do que aquela megera havia dito. – Ei... O que ela sabe sobre você?

– Nada. – disse ele desviando o olhar.

– Não é o que parece. – levantei-me para ir embora.

– Então me diz o que parece? – Lucas segurou em minha mão. – Confia em mim, ela só está querendo nos jogar um contra o outro.

– Por que ela faria uma coisa dessas?

– Porque eu gosto de você e não dou a mínima pra mais ninguém que não seja você!

Dentro de mim aquela frase soava verdadeira, suas palavras eram doces, seus olhos penetrantes e seus lábios irresistíveis. O simples fato dele ter ignorado Jeniffer enquanto qualquer outro teria dado um rim por sua atenção, aquilo já era algo extremamente admirável e que subia em meu conceito com toda a certeza.

– Tem razão. Me perdoa? – implorei me sentindo um bobo.

– Não se sinta assim, você não é o culpado de nada!

Algumas horas haviam se passado, em casa eu não parava de admirar uma foto que Lucas havia me passado por e-mail. “Como alguém consegue ser tão perfeito?” era o que eu me perguntava cada vez que acariciava o monitor do computador imaginando-me o acariciando pessoalmente.

– Filho vá lavar as mãos e desça já para... – disse minha mãe da porta. – Esse não é aquele seu simpático “amigo” de ontem a noite? – não conseguia imaginar o porque de sua ênfase em “amigo”, ou melhor, até conseguia.

– Sim é ele mesmo, o Lucas!

– Vocês... você sabe? – perguntou ela me dando um tapinha no ombro.

– Mãe... – me fiz de inocente.

– Olha filhotinho, por mim tudo bem. Ele me pareceu um amor de pessoa e além do mais que gato! – disse ela com um sorriso de orelha a orelha.

– Não sei mãe...

– Como não sabe? Ou você fica com ele ou eu te coloco de castigo até o final do ginásio. – falou ela em um tom de brincadeira me fazendo rir.

– Vou pensar! Quem sabe eu não goste do castigo?

– Poxa... Você precisa dar mais atenção aos seus sentimentos. Eu notei o jeitinho que vocês dois trocavam olhares durante o jantar ontem!

– A gente trocou olhares?

– Não se lembra? É porque tá apaixonado... meu bebe tá apaixonado! – minha mãe me deu abraço bem forte, quase tão forte como um urso.

– Pode ser... mas se continuar me apertando desse jeito talvez eu não consiga encontra-lo com vida!

– Amanhã não tem aulas, então tem planos para este fim de semana? – perguntou ela perigosamente entusiasmada.

– Não. – respondi seco.

– Então resolva isso, amanhã vou fazer uma pequena viajem até o aeroporto para buscar a Linda!

– Eu também vou!

– Não mesmo, você vai ficar e chamar o Lucas para dormir aqui em casa!

– A senhora ficou louca?

– Eu vou dormir na casa dos pais da Linda nesse final de semana, divirta-se! – disse ela enquanto saia com alguns passinhos de dança porta a fora.

Admirei mais uma vez aquela bela imagem de Lucas sorrindo no monitor de meu computador e peguei o celular. Disquei rapidamente, eu mau podia esperar para contar todas as novidades para a minha melhor amiga quase nômade.

– Você ligou para Linda Benson, deixe seu recado após o sinal.

– Droga... – pensei alto.

– Brincadeirinha... Fala miguxo. Ele é gato, eu conheço, é mais velho, ele é gato, rico, ele é gato? – ela falava sem parar.

– Sim ele é gato, não você não conhece e como você sabia que era sobre isso que eu queria falar com você?

– Não sou boba, na última vez em que nos falamos você estava todo apressadinho para um certo alguém que aposto que já se tornou genro da tia Tereza! – disse ela com um tom mais divertido.

– Minha mãe praticamente me jogou nos braços dele! – desabafei.

– Claro porque se não você não desencalharia.

– Ei... de que lado você está?

– Da sua mãe, da minha amada e corretíssima tia Tereza!

– Amiga da onça! – ela riu. – Pode rir só não cisma com o meu possível namorado como o Alex fez!

– O Alex gosta de você, é isso!

– Nem comece, já me basta o barraco que a Jeniffer fez quando nos viu juntos.

– Hum... Pelo jeito parece que seu dia foi bem emocionante. Me conte tudo ou quando a tia Tereza vier me buscar eu mando ela puxar sua orelha!

– Tudo bem, então sente-se porque começarei do início.

CONTINUA...

Agora as coisas começam a se desenrolar, o que será que Jeniffer sabe sobre Lucas e qual será sua maldade contra Bruno? Bruno assumira seus sentimentos pelo misterioso que o venera? Alex sente ciúmes do amigo? Linda gosta de uma boa fofoquinha? Quantas perguntas, né! Então fique ligado para o capítulo 5 que promete... Beijos, abraços e aquele amaço de sempre, nos vemos logo mais em LOVE ONE!

Comentários

Há 1 comentários.

Por Ynnavoig em 2014-03-02 13:48:02
hahaha muito bom gente!!! abraços!