Capítulo 05 - Liberdade

Conto de dcarlossp como (Seguir)

Parte da série LOVE ONE

– Ótimo, pelo jeito a rainha das piranhas do Scott Hight continua em exercício de suas funções primarias! – disse Linda após eu ter lhe contado sobre o vexame que passei na hora do almoço.

– Eu só fiquei balançado com o que ela disse para o Lucas. – desabafei.

– Miguxo... se eu fosse você não ligava muito pra isso e sim no que aquela cobra pretende.

– Você acha que ela faria alguma coisa para me prejudicar? Eu nunca me meti com ela.

– Vejamos... você só conquistou o garoto que não quis nada com ela, ele é mesmo real? – Linda soltou um suspiro do outro lado da linha. – A essa altura ela já deve estar se auto envenenando de raiva, pode ser que até segunda ela se destrua com o próprio veneno! – nós dois rimos.

– Mau vejo a hora de poder te abraçar, você vem no domingo. Certo?

– Pode apostar que sim e... ah, você vai me apresentar o seu namorado!

– Ele não é meu namorado.

– Diz isso para a sua mãe e para ele também... – Linda fez uma breve pausa. – Diz amanhã já que ele vai dormir ai!

– Quem disse que eu vou convida-lo?

– Não precisa bebe, eu já liguei para ele e... Ele topou! – disse minha mãe da porta.

– A tia Tereza é 10! – comemorou Linda pelo telefone.

– Mãe... Como a senhora sabe o número dele?

– Ele me passou ontem a noite antes do jantar! – respondeu mamãe com uma expressão de missão cumprida antes de desaparecer pelos corredores da casa.

– Como eu gostaria que a minha mãe fosse como a sua, eu seria a garota mais feliz desse mundo!

– Não por isso, se quiser eu te dou a minha de presente. – resmunguei.

– Não brinca comigo desse jeito, se eu aceitar não devolvo mais! – Linda começou a rir feito uma louca.

– Ótimo, então acho que vou para a cama. Nos vemos no domingo?

– Vai pra cama com quem? – Linda ficou esperando minha resposta mas como percebeu que seria inútil decidiu abortar a piada. – Era brincadeirinha só... Bom, até domingo e te amo!

Na escuridão da noite em meio aquele silencio exagerado, minha mente viajava em cada mínimo fragmento de recordações dos momentos em que estive ao lado de Lucas. No começo eu o via como um louco, tive medo dele mas de repente ele já não era mais aquele maluco, ele era doce, romântico e fazia meu coração disparar. Quando senti seu beijo pela primeira vez era como se um mundo novo houvesse se aberto ao nosso redor. Eu ainda tinha duvidas sobre ele mas já não me restavam duvidas sobre o que eu sentia por ele, ao seu lado eu me sentia seguro, especial mas também necessitava me armar de alguma dose de arrogância. Insegurança pura ou idiotice mesmo? Na verdade eu não tinha o menor argumento que justificasse minha postura com ele. Eu o achava um louco no começo mas talvez o único louco tenha sido eu mesmo!

– Não vou mais lutar contra o que sinto por você, cansei de te evitar meu amor! – disse para mim mesmo em voz baixa enquanto olhava para a parede antes de adormecer.

– Filho acorde! – dizia uma voz grave e carinhosa ao meu ouvido fazendo-me despertar lentamente, já era dia a primeira coisa que vi foi o rosto de meu pai sorrindo.

– Papai... O senhor não vai mais me deixar? – perguntei emocionado com minha visão já turva pelas lágrimas que escorriam involuntariamente.

– Filho eu queria muito mas não posso, está chegando o momento meu anjo! – disse ele em um tom mais delicado.

– Momento de que???

– Bruno tudo nesse mundo do qual já não faço mais parte. – ele fez uma pequena interrupção. – Absolutamente tudo tem um porque e uma consequência!

– Papai...

– Eu paguei o preço pelas minhas ações e vim te pedir para que não cometa o mesmo erro que seu velho pai!

– Me explica melhor, que erro? – supliquei com meus olhos já avermelhados de tanto chorar.

– Preciso ir meu filho, no momento certo deixe seu coração te guiar e não a razão! – disse papai antes de desaparecer em meio a uma nuvem de luz que se formou ao seu redor.

Deitado na cama sem conseguir me mexer eu gritava e chorava implorando para que meu pai não se fosse outra vez, era inútil. Eu me sentia fraco, incapaz de reverter aquela situação que tanto me machucava. “Feche os olhos” sussurrava uma voz em meu ouvido e foi o que fiz. Fechei meus olhos e senti-me caindo em abismo sem fim até que tornei a abri-los.

– Acordou o dorminhoco! – disse mamãe com a mão em minha testa, eu estava soando. – Você não está quente, não deve ser febre.

– Estou bem mãe! – disse para tranquiliza-la. – A que horas a senhora vai?

– Agora, inclusive o Lucas já está na sala a 20 minutos! Eu disse para ele tomar um café enquanto te acordava mas ele preferiu te esperar.

– Com licença... – disse Lucas da porta. – Ele já acordou?

– Bom dia né! Sim estou acordado. – respondi com um pouco de rispidez contrariando minha vontade de ser mais gentil com ele.

– Bem... Garotos já deu minha hora, volto no domingo e comportem-se! – disse minha mãe passando pela porta como um foguete.

– Você sempre tem esse sono pesado? – perguntou Lucas atenciosamente enquanto se sentava do meu lado na cama.

– Que isso, você está de pijama? – perguntei surpreso ao reparar em suas vestes tão casuais.

– E você dorme sem nada? – rebateu ele seguido de um sorriso malicioso.

– Você saiu da sua casa de pijama... Ou você deixou para vestir o pijama aqui? – alguns segundos de silencio me bastaram para compreender que mais ridícula que aquela situação era a minha pergunta.

– Você não é do tipo de pessoa que se importa com esses detalhes, sua essência é muito mais linda do que isso! – Lucas me olhou profundamente, fazendo-me por aquele instante totalmente submisso, era como se seus olhos penetrassem minha alma. Meu coração disparava no peito, minha respiração ofegava e ele podia me ter em seu poder se assim quisesse.

– Lucas eu tenho medo do que sinto quando estou ao seu lado. – abaixei meu rosto envergonhado mas ele o ergueu pacientemente com sua mão, me fazendo enxergar sua fisionomia serena e meiga o que me encheu de coragem para prosseguir. – Eu te amo!

Palavras já não seriam mais precisas, não agora. Nossos olhares já conversavam entre si, trocando confidencias e carinho um pelo outro! Suas mãos passeavam por minha face e desciam suavemente pelo pescoço, seu toque me fazia levitar em um mar de sensações até então jamais despertadas antes. Seus lábios se uniam aos meus suavemente, calmamente, teríamos todo o tempo do mundo e não haveria o porque de apressamos tantos nossos passos, em um ritmo de valsa imaginaria nossas línguas se encontravam em absoluta sintonia, nos beijávamos com toda a entrega e amor que podíamos oferecermo-nos, em um êxtase absoluto. Se havia um mundo lá fora e se nossas vidas dependessem disso todo o resto teria que nos esperar, passe o tempo que passe nos braços do amor que necessito mais que o ar!

CONTINUA...

O amor é lindo e como sexo faz parte do pacote, então no próximo capítulo teremos nossas primeiras relações intimas! Escrevi este capítulo embalado ao som de Let It Be (The Beatles) portanto a parte em que ocorre a aparição do falecido pai de nosso mocinho, bom... Isso é efeito da emoção a flor da pele. Você já notou como o Lucas é misterioso e que o Bruno talvez seja um tanto inseguro? Estou com medo da Jeniffer, ela ainda vai dar uma aula de maldade para aspirantes a vilãs! Lembre-se, seu comentário é muito importante já que busco criar um enredo que te agrade, deixe sua opinião meu amigo. Beijos, abraços e muitos muitos amaços, capítulo 6 logo mais ;)

Comentários

Há 1 comentários.

Por Ynnavoig em 2014-03-02 14:00:18
Caro escritor, me encantei com essa parte. O enredo da história esta muito bom. Meus parabéns pela escrita coerente. Abraços