Capítulo 17 - De volta ao caos
Parte da série LOVE ONE
– Alice não faz isso, me deixa explicar. Eu nem sabia que você já conhecia a Jeniffer e pelo jeito até melhor do que eu! – disse me colocando em sua frente. – Alex e eu não somos amiguinhos dessa garota.
– Então o que ela faz aqui? – questionou-me Alice em um tom repreensível.
– Eu vim fazer caridade, do contrário jamais estaria aqui! – provocou Jeniffer. – E você, loirinha sem graça... Vai me dizer que esse bebe é do Bruno? – ela começou a rir.
– O Bruno é meu primo sua cobra peçonhenta.
– Sente-se Alice, você vai entender melhor nossos motivos! – disse Alex calmamente.
Assim que Alice se sentou, com mais calma Alex e eu explicamos a ela sobre esse garoto do colégio que insistia em atormentar-me, dos absurdos que ele já havia cometido em tão pouco tempo e que Jeniffer tinha o perfil ideal de garota que certamente conseguiria arrancar dele algum podre. Precisávamos deter Arthur antes que ele pudesse representar um risco ainda maior.
– Mas esse garoto é um doente! – exclamou Alice impressionada. – Me desculpem pela forma egoísta como tratei vocês dois. Principalmente você Bruno!
– Você deve ter seus motivos. – falou Alex.
– Sim e eu não suporto essa cobra, podem resolver tudo com ela. Vou para o meu quarto! – Alice pegou sua filhinha e seguiu para seu quarto.
– Eu vim aqui para ser homenageada ou saber qual deva ser a minha parte neste plano?
– Você só vai precisar exercer seus talentos naturais com o Arthur! – disse Alex cruzando seus braços. – Você tem que seduzi-lo!
– E você deve descobrir alguma coisa que possamos usar contra ele! – conclui.
– Não sei não... Se ele realmente tentou ter algo com você, é óbvio que bonitão não gosta da fruta!
– Mas ele quer que todos pensem que ele gosta. – acrescentou Alex.
– Não vai ser difícil, sou a garota mais cobiçada de Scott Hight! – Jeniffer começou a imitar passos de modelo. – A propósito Alex... Você não devia ter quebrado o Art. daquele jeito!
– Você pode usar isso para se aproximar dele, fingindo estar revoltada com o que eu fiz. Seja a aliada dele e faça um jogo duplo nos contando cada passo do seu Art.
– Alex... Eu não sabia que você era tão estratégico assim! – disse eu admirado com a forma como a qual aquilo fluía sob o controle de Alex.
– Dois meses em um reformatório, a gente aprende a sobreviver! – ele disse aquilo como se tivesse passado uma temporada no inferno.
– Okey! Entendi, aliás, gostei do plano. Quem sabe ele não seja bi?
Após Jeniffer ter ido embora Alice permaneceu em seu quarto, pensei em chama-la, mas Alex insistiu em ter uma conversa a sós comigo.
– Se a Jeniffer descobrir algo você acha que ela realmente vai nos contar? – questionei-o.
– Isso é o de menos no momento!
– Como assim? Pelo que eu saiba é só por isso que somos obrigados a nos aliar a ela!
– Só tem um jeito de não cairmos nas armações desse idiota, precisamos jogar sujo também.
– Alex... Isso é um absurdo.
– Na verdade esse é o único jeito de ninguém mais se machucar nessa história!
– Como assim?
– Bruno eu não quero te assustar, mas se esse Arthur for mesmo quem eu penso que seja nesse caso nós dois corremos um grande risco!
– Nossa que ótimo, então podemos ter mais um insano querendo esconder seus rastros de sangue com mais sangue? – ironizei. – Isso é incrível!
– Confia em mim!
– Por que toda vez em que eu escuto essa frase sempre acho que o mocinho é o vilão? – comecei a rir de nervoso, a simples ideia de ter outro psicopata em minha vida já era um tormento indesejável.
– Não precisa ficar assim. Também pode ser alarme falso. – disse Alex tentando me tranquilizar.
– Da primeira vez eu agi como se fosse um alarme falso, mas daí eu perdi pessoas que eu tanto amo, vi a Jeniffer toda machucada no meu quarto destruído, pensei que você fosse o assassino e acabei quase sendo morto pelo meu próprio tio e você em um reformatório... – respirei fundo. – Como posso ficar calmo?
– Eu não devia ter te dito nada disso! – Alex deu um tapa na cabeça.
– Há quanto tempo você tem essa suspeita sabe-se lá do que?
– Hoje de manhã no colégio quando eu o fiz engolir as mentiras que dizia a seu respeito...
– E...?
– No lado de trás de seu pescoço havia uma marca de nascença!
– Ah... Ótimo, mas o que isso tem haver com alguma coisa?
– Seu tio tinha uma marca de nascença no mesmo local, idêntica.
– Eu já tô começando a crer que meu tio nunca vai me deixar viver em paz, mesmo depois de morto!
– Bruno a gente precisa descobrir se esse Arthur realmente é filho do seu tio, porque se for, ele sabe quem nós somos e provavelmente não veio para Scott Hight atoa!
– Então porque ele não foi mais longe quando podia ter feito o que quisesse comigo?
– Se for ele, ele deve estar brincando com a nossa cara antes de se revelar.
– Porque todo assassino cruel gosta de fazer joguinhos? – no desespero abracei Alex com todas as minhas forças. Eu precisava me apoiar em algo. – Eu não quero mais perder ninguém, não posso viver fugindo e me escondendo se meu destino for esse!
– Eu não vou te deixar cair nunca, não posso te perder. – Alex me apertou ainda mais em seus braços. – Sem você minha vida fica vazia, não vivo!
Deitado em minha cama o mundo a minha volta parecia um lugar tão estranho e inseguro, o teto parecia girar sob minha cabeça e meu estomago contorcia-se por dentro. Logo uma pequena batida na porta entreaberta, era Alice.
– Posso entrar?
– Pode! – respondi com a voz meio roca.
– Você tá chateado comigo... Desculpa-me primo!
– A Jeniffer deve ter feito coisas horríveis com você, não te culpo, ela mesma quase matou!
– Foi ela quem te atropelou?
– Sim... – percebi uma expressão de espanto em sua face. – Mas tá tudo bem, o que ela te fez?
– Perto do que ela te fez eu estou nas nuvens com ela! – Alice soltou um longo suspiro. – Ela tentou destruir meu namoro com o Miguel!
– E você já tomou a decisão de conversar com ele e dizer que ele tem a princesinha mais fofa desse mundo? – naquele momento difícil pensar na pequenina Vida era a única coisa que me fazia sorrir.
– Já sim! Você vem comigo? – perguntou ela abrindo um sorriso alegre e repleto de vida.
– Claro que vou, vai dar tudo certo!
– Tomara que sim!
– Você ainda o ama, não é?
– Muito, pena que eu sempre fui uma menina boba que se deixava manipular pela bruxa da mãe. – Alice suspirou. – Cansei de ser assim!
CONTINUA...
Fortes emoções é que te aguardam nos próximos capítulos de LOVE ONE! Mais uma vez uma nuvem de trevas promete apoderar-se da cidade de Scott Hise, coisas ruins vão acontecer e só os fortes poderão sobreviver. Alex e Bruno são apenas dois dos principais alvos dessa possível ameaça que se encaminha. Todos vão sofrer e mais alguém irá nos deixar, quem será?
Obrigado por acompanhar a mais este capítulo inédito, deixe sua opinião para que eu possa saber o que você espera da trama! Beijos e amaços perigosos!