Capítulo 21 - Mundo Novo

Conto de dcarlossp como (Seguir)

Parte da série LOVE ONE

Às vezes a vida sabe ser irônica, eu havia acabado de completar 18 anos a uns dois dias e meu pai já me venho com aquela novidade.

– Pai essa não é uma brincadeira engraçada! – ironizei tentando manter a esperança de que aquilo realmente não pudesse ser sério.

– Diego meu filho. Acontece que a proposta de trabalho é muito boa!

– Tudo bem pai, mas... Justamente em Scott Hise? A cidade detonada por um maluco ano passado...

– Graças ao empenho de muitos a cidade já está praticamente como um dia foi.

– Com terroristas? Dispenso... O senhor pode ir, eu fico numa boa por aqui mesmo!

– Sozinho? Nem pensar moleque. – disse ele como se eu ainda fosse uma criança.

– Pai eu fiz 18 anos poxa! – protestei.

– Então pare de agir como uma criança Diego, você vai comigo para Scott Hise!

– Sem chance.

Sinceramente eu gostaria de poder entender como é que os pais são tão bons em nos convencer a fazer coisas que não gostaríamos de fazer? Já era tarde para dizer “Ei pai pensando melhor eu acho que prefiro ir ficar com a mamãe no Texas”, tarde demais cruzamos o limite, na entrada da cidade havia uma placa que dizia “Seja bem-vindo (a/s) a Scott Hise”. Que meigo, só não dizia o principal: Desconfie de todo mundo por aqui.

Meu pai sempre foi um homem muito certinho, se separou da minha mãe só porque descobriu que ela era viciada em pôquer. Dirigindo então... Um percurso que qualquer um faria em uma hora meu pai conseguia fazer em três. A pesar de não morar tão longe da cidade onde o fim do mundo aconteceu mais cedo, eu nunca havia estado por ali, tudo o que eu sabia sobre Scott Hise era o que se noticiava na tv, internet e jornais impressos. Após quase duas horas e meia, entediado com meu pai dirigindo feito uma tartaruga decidi ligar o rádio, tocava Red Hot, um rock bem irado, tchau tédio!

– Desliga isso Diego, os jovens de hoje em dia chamam isso de música? De que forma? – esbravejou ele.

– Talvez da mesma forma que o senhor chora vendo Lago dos Cisnes? Alto estima em crise...

– O que foi que você disse garoto?

– Nada não pai, eu vou desligar o rádio!

A partir daquele momento em que desliguei o rádio e o tédio se reestabeleceu sobre a minha vida, minha noção de tempo parecia ter se prolongado anos luz no futuro. Quando por fim chegamos à parte civilizada da nova Scott Hise meu queixo caiu, realmente a cidade pós-apocalíptica estava de pé (não literalmente). Poucos minutos depois por fim meu pai estacionou o carro na entrada de uma casa que mais parecia uma daquelas mansões mal assombradas, só que em miniatura. Ótimo, mais 15 minutos para o carro ser estacionado e eu poder sentir meus pés novamente tocarem o chão.

– É aqui que vamos ficar por um tempo! – ele dizia aquilo como se eu nem esperasse que aquela fosse a nossa parada, insultando minha capacidade de raciocinar. – Então Diego, o que achou?

– Um dólar semana passada perto do Grunch Club! – pela primeira vez desde que chegamos a Scott Hise meu pai me olhava como se quisesse me estrangular. – Sobre a casa... É... Uma casa!

– Filho será que algum você vai crescer?

– Se eu crescer mais eu posso virar um gigante! – se havia uma coisa nesse mundo que eu nunca perdia era o bom humor. – Pai... O senhor sabe que eu sou assim meio... Louco e leve!

– Você puxou muito a sua mãe garoto... Não está viciado em pôquer ou está? – sua expressão era séria.

– Só em maconha, bebidas e garotas de programa! – disse aquilo para tirar tentar faze-lo sorrir, seria melhor se eu simplesmente tivesse dito que não, sua expressão era horrível. – Brincadeirinha pai... E sobre o pôquer? Não!

– Vamos entrar para nos instalarmos e esta noite eu terei um congresso na cidade, será que eu serei obrigado a contratar uma baba para o meu filho de 18 anos de idade?

– Só se quiser me deixar traumatizado, ano passado mesmo eu já tendo 17 o senhor foi muito cruel em me deixar com a senhorita Mansfield.

Após eu ter conseguido convencer meu velho a não destruir o mínimo de dignidade que pudesse me restar e, ter praticamente jurado que não faria festinhas em sua ausência, algo impossível já que eu não conhecia ninguém naquela cidade, finalmente entramos naquela casa, assim que entrei senti um arrepio “Credo... Deve ter morrido alguém por aqui, espero que não puxe o meu pé” pensei. Após conhecer o meu novo quarto novamente senti aquele arrepio “Qual é? Morreu gente aqui também?” nesse momento fui obrigado a me dar um cascudo, afinal de contas era lógico supor que se a cidade havia sido dizimada não haveria sobreviventes, ao menos não naquelas condições.

– Diego eu tenho que ir agora e lembre-se nada de festinhas! – gritou meu pai lá de baixo.

– Pai... Eu não conheço ninguém por aqui e meus amigos não iriam pegar a estrada à uma hora dessas somente por algumas quantidades vodca e sexo selvagem na cripta dos Estados Unidos! – gritei de volta. – em minha cabeça eu já imaginava a expressão de reprovação de meu pai naquele exato momento. – O senhor já sabe, mas de qualquer forma... Brincadeirinha!

– Comporte-se garoto, voltarei as 23h00min!

Da janela daquele quarto pude visualizar do lado baixo meu pai levar quase cinco minutos para tirar o carro do lugar, após sua ida eu resolvi preparar alguma coisa para comer, ao entrar naquela cozinha outro calafrio, pelo jeito o local devia mesmo ser mal assombrado, bati três vezes na mesa de madeira, quando minha vó era viva ela sempre me mandava fazer isso por alguma crendice estranha ou, sei lá o que?

Apenas fiz um sanduiche rápido e voltei para o meu novo quarto, ainda havia algumas partes da casa que eu não havia conhecido e se toda vez que eu entrasse em um cômodo diferente sentisse aquilo... Neste caso o melhor seria permanecer naquele quarto até que meu pai voltasse, liguei meu ipod no último volume com uma seleção de musicas que com toda a certa fariam com que meu velho me expulsasse de casa, mas acabei pegando no sono.

– Que escuridão sinistrar... – disse enquanto abria olhos recobrando a consciência, esbarrei minha mão sob o criado-mudo até conseguir alcançar o celular e pude constatar que ainda eram 21h30min. – Droga... Ainda tá cedo.

– Parece um sonho! – disse alguém do outro lado do quarto imerso sobre a escuridão.

– Quem está ai? – perguntei me virando para trás enquanto sentia meu coração querendo sair pela boca. – O que faz aqui?

– Eu sempre te esperei voltar, algo em mim me dizia que você voltaria por mim!

– Cara eu não estou brincando... Aparece... Isso não tem graça! – meu desespero só aumentava, um doido havia invadido a casa. E se ele fosse um doente compulsivo por assassinatos em série? Meu corpo tremia só de pensar.

– Bruno, eu te esperei por um ano! – disse um rapaz emergindo da escuridão.

CONTINUA...

Hum... Então né? Acho que vocês já estão sacando bem o que vem pela frente! O que acharam disso do novo mocinho, o Diego ser um protagonista mais voltado para o humor? Eu quero saber a sua opinião, já estamos seguindo para a reta final de LOVE ONE em um clima de recomeço. Por mais divertida que venha a ser essa última fase da atual temporada, também continuaremos tendo momentos punks pela frente. O pai do Diego é muito certinho, de onde que eu tirei esse cara? Rsrsrs... E o rapaz que surge da escuridão chamando o Diego de Bruno? Óbvio que está na cara quem é, mas eu não consigo evitar usar o elemento surpresa, nunca!

Já conhecem meu novo blog? É sobre séries gays daqui e de onde mais elas vierem, acesse este endereço > http://dbr-series.blogspot.com.br/ para as novidades. Hoje em especial tem a resenha da série do ilustríssimo LOVE BOY, sobre o seu maravilhoso trabalho com “A HISTÓRIA DE BELLO” que está imperdível, o cara é bom! Em breve farei mais resenhas das séries de quem me permitir dar um pitaco né! Kkkk... Muito obrigado por estarem sempre comigo nessa saga chamada LOVE ONE e sim, foi injusta a morte do Bruno, mas em breve isso será mais bem explicado. Agora meu clichê que por enquanto não é teen >> Beijos e amaços (sob nova direção)!

Comentários

Há 3 comentários.

Por lipezin1717 em 2014-02-24 22:36:46
a trama está boa,apesar de que eu já estava acostumado com o bruno :( ,você é um grande escritor :)
Por LipEmanuel em 2014-02-24 22:16:18
Ao contrario do outro comentário ai, eu venho lhe dizer que sua serie está ÓTIMA!!! Você tem futuro como escritor, quando lançar seu primeiro livro avisa que eu compro na mesma hora :3 hihihi Continue assim!!! Amo mesmo (:
Por Victor *) em 2014-02-24 17:27:02
Desculpe-me falar mas achei sua série um LIIIIIIXXOOOO, no começo estava amando (amando mesmo) mas só li até a parte que o Bruno acorda e descobre que a mãe e a Linda morreu, depois disso só fui lendo por cima e vi que ñ estava perdendo mais nada, Fiquei Realmente muito chatiado :''''''''(