Capítulo 27 - A verdadeira chave: Destinos Traçados (parte um)

Conto de dcarlossp como (Seguir)

Parte da série LOVE ONE

– Você é um maldito verme... Thiago...

– Não acha que está perdendo tempo? Há vidas em jogo “Meu amor”!

– Eu vou te achar nem que seja a última coisa que eu faça nessa vida... – gritei furioso.

– Bruno isso é muito perigoso, ele vai mata-lo de qualquer forma! – disse Mark segurando em meu braço.

– Se eu não encontra-lo logo eu não serei o único... – puxei meu braço. – Eu preciso procura-lo, sozinho. Façam a parte de vocês que eu vou fazer a minha!

– Nós vamos todos morrer... – Jeniffer começou a chorar. – Eu sabia que cemitérios não eram bons locais a noite...

– Bruno eu vou com você! – disse Travor. – Esse desgraçado já foi longe demais, ele precisa pagar pelo mau que fez!

– Travor... É muito arriscado, você não precisa arriscar-se, eu sou obrigado a fazer isso. Dói-me, mas eu não tenho outra escolha, sei que estou indo morrer pelas mãos do cara que um dia eu pensei que me amava... – o abracei. – Chega de tanta dor, se alguém tiver que morrer por aqui... Esse alguém sou eu, eles iam me matar no bar!

– Mas eles já te mataram antes... – Travor começou a chorar, suas lágrimas caiam sobre meu ombro.

– Eu sei disso... Esses malditos ocultistas loucos... Eu vou sozinho, vocês precisam prender esses lunáticos e eu tentar pegar aquele traidor desgraçado. Não sei como essa história pode acabar... De qualquer forma adeus! – disse aquilo e comecei a me afastar sem saber por onde começar, aquele local era imenso.

Flash

– Então... Como estou? – perguntou Linda toda contente com seu vestido novo para o baile de despedida das turmas do oitavo ano. – Eu não tenho par, aposto que aquela esganada da Jeniffer deve estar fazendo rodizio. Só pode!

– Eu também não tenho... – joguei-me na cama de Linda sentindo-me a vontade demais.

– Tive uma ótima ideia! – gritou Linda empolgada se jogando ao meu lado da cama. – Vamos você, o Alex e eu juntos ao baile!

– Será? – indaguei-a. – Não acha que vai ficar estranho?

– Eu acho que vai ficar incrível! – Linda apertou meu nariz fazenda voz de ratinha. – Vamos causar...

– Tá certo... – comecei a rir, com uma amiga dessas era praticamente impossível se sentir para baixo. – Você fala com ele... Ultimamente ele tá meio estranho comigo...

– É? – Linda fez uma cara de quem sabia demais. – Tudo bem então, eu falo!

– Você sabe por que ele tá tão diferente comigo né? Vai ter que me contar!

– Eu... Euzinha... Imagina miguxo... Se eu soubesse de algo eu te contaria.

– Okey. Então liga pra ele! – eu não estava tão certo de que Linda realmente não sabia de nada, mas resolvi acreditar.

As horas haviam se passado depressa e finalmente a campainha tocou, eu já estava pronto para ir ao baile com meus amigos. Abri a porta e lá estavam Alex e Linda, saí e os abracei, essa seria a melhor noite de nossas vidas!

– Então... Alex, o que você tem que ultimamente a gente mal se fala? – perguntei enquanto entravamos no taxi.

– No baile eu te conto, prometo! – respondeu ele com um belo sorriso. Ele estava muito elegante com aquele terno descolado e seus sapa-tênis xadrez, digno de um príncipe.

– Hum... Finalmente! – soltou Linda do lado de dentro do taxi.

– Finalmente o que? Linda você sabe algo que eu não sei? – fuzilei-a com o olhar enquanto me sentava ao seu lado.

– Finalmente nós vamos os três juntos ao baile... – disse ela com a famosa expressão “acho que falei demais” em seu rosto.

– Bom, vamos. Meia-noite a carruagem vira abóbora princesas! – zoou Alex do banco da frente enquanto fazia sinal para o motorista seguir.

Entramos os três juntos no salão onde todos voltaram suas atenções para a gente, graças a brilhante ideia que a Linda teve de entrada triunfal, para mim aquilo foi à humilhação que faltava para encerrarmos o oitavo ano com chave de ouro. Quando nos demos conta do ridículo Alex e eu olhamos para Linda como se quiséssemos estrangula-la ali diante do colégio inteiro.

– Não me olhem desse jeito rapazes... Eu sempre quis fazer isso! – disse Linda sem graça.

– O que deu na gente para entrar aqui usando essas mascaras ridículas de bruxas? – eu realmente não devia estar no meu juízo perfeito, nem o Alex.

– Que ideia absurda foi essa Linda? – questionou Alex retirando sua mascara.

– Eu vi num filme, pensei que pudesse ser o nosso Grand finale!

– Definitivamente é o final de qualquer mínimo prestigio que pudéssemos ter no primeiro ano de Scott Hight! – disse eu também retirando minha mascara.

A partir daquele momento o baile já estava praticamente perdido para Alex e eu, Linda se acabava de dançar e nenhuma piadinha parecia afeta-la. Enquanto isso Alex e eu ficávamos jogados em um canto qualquer do salão com nossos copos de refrigerante meia-cola, tentando parecer invisíveis para o restante de toda a noite.

– Por que a gente seguiu a onda da Linda? – questionou Alex esboçando um sorriso tímido.

– Eu também vi esse filme... – respondi sem graça.

– O baile já era pra gente, vamos sair daqui?

– E ir para onde? – questionei-o. – Okey... Qualquer lugar nesse momento é bem melhor do que esse salão agora!

– Chegamos! – disse Alex sorridente assim que paramos de andar em frente ao armário de utensílios de limpeza.

– Saímos de um baile onde quase todo mundo ria da gente pra acabar em frente do armário dos serventes da escola? Eu já sai do armário faz tempo! – eu realmente não entendia aquilo.

– Tem bebidas escondidas aqui dentro, são da turma do Jack. Vamos fazer a festa antes deles!

Mesmo sabendo o quanto aquilo era errado, concordei. Alex e eu parecíamos dois malucos enchendo a cara pelos corredores vazios e escuros da escola, se alguém nos pegasse ali com aquelas bebidas, seriamos expulsos. Seria um verdadeiro problema para ambos, mas naquele momento nada mais parecia nos importar. Sentamos com duas garrafas no chão, próximos a uma janela que refletia pelo corredor sombrio o brilho da lua.

– Sabe Bruno... Apesar de o baile estar sendo uma droga, estar aqui com você nesse momento torna tudo tão mágico dentro de mim! – disse Alex já bêbado, sua garrafa já estava quase vazia enquanto a minha sequer havia chegado à metade.

– É uma noite linda, mas eu gostaria de saber o porquê de você ter estado estranho comigo durante estes últimos tempos?

– É que eu jurei para mim mesmo que te contaria algo muito importante nesse dia, estava tentando reunir coragem suficiente!

– Me contar o que?

– Isso... – seus lábios se uniram aos meus, logo senti sua língua em contato com a minha. Não conseguia pensar em nada, apenas me deixei levar por aquele que foi o meu primeiro beijo.

Após aquela noite resolvi não tocar no assunto com ele, Alex estava bêbado e eu não queria que ele se arrependesse de algo que para mim havia sido tão especial. Ele também nunca disse nada sobre aquilo e aos poucos acabamos nos distanciando, nunca mais seriamos os amigos que fomos um dia e aquilo me machucava. Ele só disse que me amava dois anos depois naquele hospital quando eu sofria pelo Lucas e o desprezava por considera-lo culpado de certa forma.

Fim do flash.

Hospital Central, leito 123 (narrado por Alex).

Naquele momento enquanto eu me via ali naquela cama de hospital sem poder fazer nada para ajudar o Bruno, meu coração dava pulos descompassados. Eu sentia uma estranha sensação, algo me dizia que novamente o amor da minha vida corria sérios riscos. Era tarde, mas eu não conseguiria dormir sem vê-lo. Passei meses infinitos, noite após noite voltando àquela casa a sua espera. Cristal estava certa de que eles o usariam para chegar até ela. “Bruno meu anjo... Resiste por mim!” implorei em meus pensamentos sentindo uma lágrima pesar sobre meu rosto. Lembrei-me da noite em que pensei tê-lo perdido para sempre, meu mundo tinha acabado naquele cemitério, eu estava transtornado até encontrar sua tia Cristal, foi quando uma luz parecia ter clareado no fim do túnel. Levei minhas mãos ao rosto ainda bastante dolorido e sequei minha lágrima enquanto a porta se abria.

– Como sente jovem rapaz? – perguntou-me um senhor de cabelos grisalhos e olhar sereno, estava completamente trajado de branco, mas não parecia ser um médico.

– Me sinto quebrado por fora e por dentro! – desabafei sem me dar conta de que estava me abrindo para um completo estranho. – Quem é o senhor?

– Eu sou o guardião da chave, vim até você por um bom motivo Alex! – o velho senhor se aproximou de mim e retirou de seu bolso duas pequenas chaves douradas e as depositou sobre minha mão.

– O que é isso? O que isso significa? – perguntei surpreso com a situação.

– Você e o Bruno passaram por tantos momentos difíceis, vocês não merecem esse final tão triste! – disse o velho sentando-se ao meu lado.

– Como o senhor sabe sobre nós? Que final triste é esse?

– De onde vim graças ao amor e a coragem de vocês muitos podem viver em paz, vocês salvaram a vida, hoje é o grande dia em que nossos mundos são salvos, mas que um de nossos salvadores se vai injustamente! – o velho parecia muito emocionado. – Hoje o Bruno está partindo de verdade, cumprindo sua missão nesse mundo. Eles pensam que Cristal é a chave, mas na verdade a verdadeira chave é Bruno!

– Como assim... O Bruno morre de verdade? – eu não podia acreditar naquilo que tinha ouvido, era horrível demais. Era cruel demais!

– Com a morte da chave os ocultistas da MOON ASHA jamais conseguirão o que pretendem e o mundo estará seguro. Essas duas pequenas chaves são para vocês dois, use-a e assim que estiver diante do corpo de Bruno faça-o usar a outra.

– Então... O Bruno tem que morrer para que esses malucos se ferrem?

– Infelizmente não há outro jeito. – o velho se levantou vagarosamente. – Há um poder ancestral nestas duas chaves, quando ambos as estiverem usando você poderá fazer um desejo se tornar real, um desejo de todo o seu coração!

Antes que eu pudesse perguntar qualquer coisa notei que o velho havia desaparecido, olhei em minha mão aquelas chaves e comecei a chorar como um bebe, não podia perder meu amor outra vez, que o mundo se explodisse, mas eu não poderia perdê-lo jamais!

Concentração (narrado por Bruno).

Olhei desesperado para o relógio já haviam se passado 30 minutos, eu corria para todos os cantos atrás do esconderijo de Thiago, mas nada. Continuei correndo até que esbarrei em uma moça pelo caminho, me levantei prestes a lhe pedir desculpas quando me lembrei de seu rosto, ela era... Uma das aliadas de Thiago na conspiração.

– Eu tô armado... Para trás! – disse sacando o revolver do bolço, preciso chegar até o Thiago agora.

– Sim... Você vai até ele, mas antes precisamos salvar sua família e amigos! – disse Miranda para a minha surpresa.

– Você vai me ajudar à salva-los? Mas você é aliada do verme do Thiago...

– Na verdade eu não sou aliada desses monstros, eu sou uma infiltrada e esse é o game over! – disse ela balançando um controle em minha frente. – Roubei do Thiago, agora podemos liberta-los dessa escravidão!

– Miranda... Muito obrigado! – guardei o revolver.

– Tudo bem, agora, vamos. – disse ela me puxando pelo corredor. – Temos que fazer isso antes que ele dê por falta de seu brinquedinho de controle mental!

– Eles estão ai dentro? – perguntei ao paramos em frente a uma porta branca.

– Hora do rock baby. Vamos libertar essas pessoas inocentes!

CONTINUA...

E este foi outro emocionante capítulo da reta final. A Miranda surgiu em boa hora, mas conforme os próximos capítulos vocês vão perceber que ela apesar de ter ajudado também não é uma pessoa de tanta confiança. Essa visita que o Alex recebeu no hospital trouxe a tona novas revelações, na verdade enquanto todos pensavam ser Cristal a chave quem de fato é o próprio Bruno. O mistério da chave e todo o resto ainda será revelado nesta temporada enquanto que alguns outros acontecimentos só terão seu desfecho na segunda temporada da série.

Espero que tenham gostado, deixem suas opiniões. Adoro ler o que vocês me escrevem ao termino de cada capítulo. Beijos & amaços à chave!

Comentários

Há 1 comentários.

Por lipezin1717 em 2014-02-27 19:58:45
está muito bom,:) essa trama a cada dia que passa me surpreende rs :p