Capítulo 28 - A verdadeira chave: Destinos Traçados (parte dois)
Parte da série LOVE ONE
– Eles estão ai dentro? – perguntei ao paramos em frente a uma porta branca.
– Hora do rock baby. Vamos libertar essas pessoas inocentes!
– Você não sabe o quanto eu esperei por esse momento. – agradeci.
– Eu também esperei muito por esse momento! – disse ela com um largo sorriso enquanto destrancava aquela porta.
Concentração, salão principal (narrado por Mark).
– Parados... Não se mexam. – gritei ao avistar um grande grupo de encapuzados naquele salão com arquitetura medieval. – Então era aqui que todos vocês se esconderam? Pensei que fossem mais inteligentes... Rapazes apostos!
– Você acha que venceu só por nos capturar... Que agente mais ingênuo você é! – disse um dos encapuzados a frente dos outros. – Nosso novo líder se mostrou muito eficiente, já temos a chave e em poucos minutos seu mundinho patético será reduzido a cinzas. Apenas os seguidores e devotos da grande deusa Asha poderão sobreviver!
– Vocês são loucos... – gritou Travor indignado.
– Não... Nós somos a MOON ASHA, os filhos da deusa suprema! – disse outro encapuzado.
– Essa história de chave, deidade suprema e o caralho... Isso é tudo uma grande loucura! – gritei enfurecido com o tom de deboche daqueles monstros em forma de seres humanos. – Nada disso existe.
– Então isso não existe? – disse o primeiro encapuzado entendendo o braço que era tomado por uma inexplicável camada de chamas, por sua reação natural ele não parecia sentir dor alguma. – Céticos malditos, humanos malditos!
– Como você... Fez... Isso? – perguntou Jeniffer horrorizada.
– Vocês todos estão presos. – gritei tentando não demonstrar-me impressionado com seu truque. – Não se atrevam a nenhuma gracinha ou... Vocês vão saber do que eu sou capaz!
– Errado. Você é que vão saber do que nós somos capazes, filhos de Asha retirem seus capuzes! – ordenou um deles fazendo com que todos encapuzados obedecessem-no.
Assim que retiraram seus capuzes meu sangue gelou, assim como o de meus colegas de trabalho, Jeniffer e Travor. Não podíamos acreditar na cena que víamos. Era assustador, inimaginável, algo que ninguém ali presente estava esperando que pudesse acontecer, não podia ser real!
Hospital Central, leito 123 (narrado por Alex).
– Tem certeza que ninguém entrou ou saiu desse quarto? – insisti na pergunta que já havia feito a Miguel por pelo menos umas 10 vezes desde que ele veio me ver.
– Cara eu já disse... Eu fiquei próximo à porta o tempo todo e ninguém entrou no seu quarto. – Miguel começou a checar minha temperatura. – Você está sem febre, mas essa sua alucinação não é normal!
– Se foi mesmo uma alucinação então porque eu tenho em minhas mãos essas duas chaves que parecem ser de ouro puro? – mostrei as chaves a Miguel que ficou de queixo caído. – Foi um aviso. O senhor de cabelos grisalhos que me deu estas chaves disse que o Bruno vai morrer, disse que sua morte salvou ambos os mundos... Como se isso já houvesse acontecido?
– Meu deus... Então isso realmente é verdade. – Miguel ficou pálido como se uma forte rajada de vento frio o tivesse tocado. – Alex eu sei que é terrível para você, mas se o Bruno é a chave para Asha regressar a única coisa que poderá impedi-los é... A morte de Bruno!
– Você tá me dizendo que durante os três últimos anos tudo o que aconteceu foi obra de uma deusa satânica? – meu coração gelou. – Mas a chave não era a Cristal?
– Pelo jeito eles se enganaram e não sabem disso, se eles matarem Bruno é porque eles não sabem que ele é a verdadeira chave.
– Não... O mundo inteiro que me perdoe, mas eu não vou perder o meu amor por nada nessa maldita vida, que essa deusa infeliz faça bom uso de seu poder nefasto! – peguei o celular e comecei a discar o número de Bruno, mas antes que eu pudesse falar alguma coisa Miguel tomou o aparelho de minhas mãos. – Me devolve essa droga agora mesmo Miguel!
– Eu sei que é duro para você, mas é uma dor com a qual teremos que conviver.
– Não... Devolva-me isso agora mesmo! – gritei enquanto tentava me levantar da cama sentindo fortes dores no abdômen.
– Não pude ver minha filha nascer, eu quero vê-la crescer Alex... – o tom de voz de Miguel parecia desesperado. – Você não vai colocar o mundo em perigo, eu vou ver a minha filha crescer...
– O que está acontecendo aqui? – pergunta Alice entrando no quarto com sua filhinha nos braços. – Alex... Porque você está tentando se levantar? Miguel... O que tá acontecendo aqui?
Concentração (narrado por Bruno).
– Mais uma vez Miranda, muito obrigado! – eu a abracei forte agradecido por sua ajuda.
– Foi um prazer! Agora entre... – ela se soltou de meus braços e abriu a porta.
– Onde eles estão? – dei três passos a frente, mas tudo o que havia por ali era uma grande poltrona preta virada em direção à parede. Olhei para trás me sentindo traído por Miranda e vi Thiago sorrindo ao seu lado. – Você me enganou... Isso já estava combinado entre vocês?
– Como você é idiota, seus amigos vieram nos confrontar sem ao menos terem noção de quem ou o que nós somos! – Thiago me empurrou e trancou a porta deixando Mirando do lado de fora. – Obrigado minha princesa... – gritou ele.
– Você é um doente... – comecei a apalpar meus bolsos desesperado a procura do revolver, estavam vazios. – Onde está a arma?
– Você não precisa de uma arma, para a sua própria execução que, aliás, eu faço questão que seus pais, sua amiga enxerida, o Lucas e a sua titia que é a nossa chave para Asha, que todos assistam conscientes a sua execução. – Thiago sentou-se na poltrona e apertou um dos botões de seu controle fazendo com que a parede se abrisse revelando uma cela, eles estavam presos ali.
– Seu maldito... – gritei pulando em cima dele.
ENQUANTO ISSO...
Jeniffer, Mark e Travor assistiam horrorizados tão grotescas aberrações revelando-se. Alex ainda tentava se levantar da cama desesperadamente, mas acabou caindo no chão, às chaves douradas caíram ao seu lado.
(Narrado por Bruno).
– Parece que você perdeu bonitão... – Thiago me deu um soco com toda sua fúria. – Vou te matar e assim que isso acontecer usarei os poderes da chave para trazer Asha ao mundo novamente!
– Solta ele... – gritou Lucas. – Bruno... Perdoa-me...
Caído no chão virei meu rosto em direção àquela cela, meus olhos se encheram de lágrimas ao ver papai, mamãe, Linda e Lucas vivos, minha tia Cristal tentava acalmar meus pais que estavam desesperados sem poderem fazer nada e Linda gritava para Thiago dizendo que se estivesse solta acabaria com ele.
– Percebo que já se despediu, chega de enrolação! – Thiago colocou o cano de seu revolver em minha testa. – Ninguém sobrevive a um tiro desses, adeus Bruninho!
Naqueles últimos segundos o que mais me doía era ver o desespero da minha família, da minha melhor amiga e do cara que foi meu primeiro amor... Ninguém poderia fazer nada para mudar o rumo das coisas, minha tia traria ao mundo um ciclo de eternas dores e sofrimentos e eu não pude ter amado a quem de fato eu nasci para amar eternamente. ALEX!
CONTINUA...
Triste né... A saga LOVE ONE já está se revelando para vocês, nesses capítulos finais foram tantas revelações, uma em cima da outra, que até não deu tempo de respirar... Mirando apenas levou Bruno para sua morte, nosso mocinho terá que morrer da pior forma possível para salvar o mundo de cair nas mãos da deusa Asha e seus alienados exércitos de mortos-vivos espalhados pelo mundo. Deixe sua opinião dizendo o que está achando dessa reta final, só mais um toque, essas duas chaves douradas com Alex são bem importantes e vocês vão entender melhor no capítulo 30. Um spoillerzinho sobre o tal velho que deu as chaves a Alex, o velho é neto da pequena Vida (hoje um bebê), agora a estória já começa a ganhar novos rumos.
Te vejo nos próximos capítulos da reta final de LOVE ONE, em março estreia “OUTRO CLICHÊ TEEN” – Beijos e amaços do futuro!