Capítulo 37 - Vidas em jgo (Último capítulo - season finale)

Parte da série LOVE ONE

– Asha... É você?

– Quem mais seria, eu não posso permitir que você me derrote! – gritou a deusa. – Eu vou te avisar uma única vez... Tenta me destruir que eu acabou com todo mundo que você ama.

– Porque você quer tanto o mal desse mundo? – questionei-a aos gritos.

– A humanidade merece pagar caro pelo...

– Bruno... Tudo bem? – perguntou-me Lucas aflito entrando no quarto em disparada. – Não se mate, você ficou louco?

– Como assim... Você ouviu tudo?

– Ela estava dentro de você te ameaçando.

– Entendi. Você não quer ser uma das vitimas da Asha!

– Não é isso... – disse ele se sentando ao meu lado. – Eu não quero te perder, outra vez!

– Você mesmo já admitiu que foi o responsável pela minha morte! – eu estava alterado quando senti seus lábios em contato com os meus. Aquilo me acalmou de um jeito inexplicável.

– Eu estava errado, você não precisa morrer para que o mundo não se torne um caos, lute contra Asha dentro de si... Você é forte!

Scott Hise, hotel Paraíso, quarto 177 (narrado por Becca).

– Eu não acredito que você trouxe pra cá o vampiro que matou a sua mãe? – questionou-me Dhara. – Porra, você ficou louca?

– Dhara eu preciso saber sobre o meu pai. Tudo o que ele falou...

– É papo de doido. – interrompeu-me ela. – Qual é, vamos abaixar a guarda agora e que se dane nossos pescoço, aliás, pelo que eu vi lá no centro, que se dane o meu pescoço!

– Dhara... Eu sinto que tem algo muito estranho por trás disso tudo. Ou você acha que os vampiros passaram a se revelar do nada?

– O rei decidiu expor aos vampiros! – afirmou Mason. – No momento ninguém imagina o quanto você é decisiva nisso tudo...

– Qual é o plano? – indaguei-o. – Me diz logo, eu não sou uma garotinha frágil e desamparada para todo mundo achar que deva me proteger de algo!

– Asha... – disse ele.

– É brincadeira não é? – perguntou Dhara em tom de deboche.

– Becca você possuí um sangue muito raro, seu pai te pôs no mundo com um propósito que ele não pode cumprir!

– Quem é o meu pai?

– Seu pai é aquele que vive entre o passado, o presente e o futuro. Ele é a chave para o retorno da deusa Asha, para o domínio absoluto dos vampiros e para a paz deste mundo!

– Me diz um nome porra... – gritei.

– Toma. – disse Mason me entregando um livro com capa de couro vermelho sangue. – Só você pode conhecer o conteúdo desse livro e mais ninguém!

– O que um livro tem haver com tudo isso? –questionei-o.

– É nele que você encontrará todas as respostas que precisa! – disse Mason com um ar de indiferença.

– Eu não sei se isso é uma boa! – disse Dhara pegando o livro de minhas mãos. – Becca esse vampiro é louco, vamos ver o que... – Dhara se calou ao abrir o livro.

– O que houve Dhara?

– Isso definitivamente é uma brincadeira de muito mal gosto. – disse ela me mostrando uma das páginas. – Olha só... Não dá para entender nada!

– Meu deus... Que idioma é esse? – fiquei boquiaberta. – Como você espera que eu entenda isso? Que resposta eu vou achar nisso?

– Eu vou te ensinar! – disse Mason pegando o livro das mãos de Dhara. – Só você pode conhecer o conteúdo desse livro. – Mason olhou secamente para Dhara. – Ninguém mais!

Concentração (narrado por Thiago).

– Acorda traidor da conspiração. Verme... – ordenou uma voz rouca e intimidadora em meu ouvido me fazendo abrir os olhos lentamente. Eu estava na concentração e aquele homem... – O bom filho a casa torna!

– Rei soberano... Eu não morri? – indaguei já certo do que me esperava. – Me solta...

– Como você, um verme humano ousou medir forças contra seu soberano, o senhor dos vampiros? – questionou ele irado. – Seu castigo já foi definido e por sua rebeldia foi estendido para a eternidade.

– Eu vou ter que morrer cedo ou tarde. Me mata de uma vez! – desafiei-o.

– Você não entende... Agora você é imortal, te criamos vampiro para que viva eternamente sobre sua pena. Você nunca mais deixará de ser torturado! – disse o rei gargalhando.

– Me mata, por tudo o que é mais sagrado. Por Asha! – implorei aflito.

– Por aquela deusa piranha? – zombou ele. – Que se foda a Asha, eu só preciso daquele sangue para dominar o mundo. Asha não me serve como deidade alguma!

– Mas vocês me disseram que...

– Desde quando um simples um objeto merece satisfações? – disse ele me interrompendo. – Vamos começar a brincadeira!

– O que vocês vão fazer comigo?

– Sua pele será arrancada, seu corpo lentamente queimado, seus olhos perfurados, sua fome será eterna assim como sua dor! – disse ele com um olhar maligno. – Partes de seu corpo serão mutiladas e costuradas novamente, sem anestesia. Todos os dias, durante a eternidade!

– Não. Não... Me mata logo porra...

– Cala a boca seu verme... – gritou ele possesso. – Guardas levem-no e já comessem a brincadeira. Infelizmente não posso ficar, tenho coisas mais importantes a fazer!

Thiago naquele momento desejava do fundo de sua alma pela morte rápida e indolor, carregado por dois vampiros grandes e fortes, todos os seus esforços em tentar se livrar eram inúteis. Ao chegar em uma sala escura e quente seu desespero se intensificou. Preso em uma parede quente como um ferro de passar, sua dor já era algo absurdo, mas ele sabia que aquilo não era nem o começo de seu inferno.

– O que você vai fazer com isso? Não... Para...

Sua nova vida como vampira era fadada a tortura das formas mais cruéis e violentas. Seus braços logo haviam sido decepados a golpes de machado, suas pernas também. A única coisa que o mantinha preso a parede era um bastão clavado em sua barriga. A dor era agonizante e saber que não morreria era tão terrível quanto.

– Agora vamos costura-lo e continuaremos a brincadeira, para sempre! – afirmou o carrasco com um sorriso doentio perante os gritos de dor do rapaz.

Algumas horas depois em Destine (narrado por Bruno).

– Então Linda... Como estou?

– Parecendo um anjo! – suspirou ela. – Todo de branco com esses cachos e...

– O casamento vai ser na praia né! – interrompi-a. – Quero estar perfeito para meus dois amores!

– Você está. – Linda vestia um vestido decotado de cor rosa claro. – Agora vamos que seus dois noivinhos já te esperam! – disse ela me puxando pelo braço.

– Já são 19h30min? – indaguei espantado, o tempo parecia ter voado.

– Claro que não seu bobo! – disse ela com um largo sorriso. – São 20h15min.

– O que? – aprecei meus passos. – Você não presta Linda...

– Casamento sem atraso não existe!

– Se eles desistiram a gente conversa!

Após corrermos bastante pelos corredores do hotel Linda e eu já estávamos cansados, do lado de fora havia uma limusine preta estacionada bem na entrada.

– É toda nossa miguxo!

– Motorista acelera... Acelera... Vamos... – exigi impaciente assim que entramos no veiculo.

Mais alguns minutos haviam se passado, o transito em Destine não era tão caótico apesar de ser uma cidade turística por suas belas praias, as praias mais lindas do mundo. Dentro da limusine comecei a tirar os sapatos, não usaria aquilo na areia mesmo. Linda não descia do salto nem sob decreto e assim que paramos em frente a praia corremos mais alguns metros até onde se encontrava meu destino. Todos estavam sentados em cadeiras de praia, provavelmente quase desistindo de me esperar. Havia um hippie tocando violão, aquele seria o nosso padre.

– Desculpem-me o atraso! – disse ofegante com Linda ao meu lado.

“Sem problema meu amor!” falou Lucas em minha mente.

Todos se levantaram e minha mãe foi até mim para me conduzir até os dois caras da minha vida. A passos lentos meu coração parecia querer sair pela boca, sentia uma emoção sem tamanho e quando por fim cheguei a eles dei um selinho primeiro em Alex e depois em Lucas.

– Pô bicho até que enfim meu... – disse o hippie largando seu violão em um canto qualquer. – Vamos começar, alguém ai se opõe?

– Ei... Esse momento devia ser melhor aproveitado! – gritou Jeniffer no meio dos outros convidados.

– Discurso cerimonial! – gritou Linda.

– Eu tenho um show para ir e o noivo atrasou demais... Não vou perder meu lance! – disse o hippie arrancando risos. – Querem casar? Então vão casar agora. Vocês três se aceitam como esposos ou sei lá o que? – questionou o hippie acendendo um cigarrinho diferente.

– Aceito! – respondi olhando para ambos.

– Aceito! – disse Alex me olhando com uma cara de maravilhado.

– Aceito! – disse Lucas me envolvendo em seus olhares hipnóticos.

– Então tá certo... – O hippie deu uma generosa tragada em seu cigarro. – Eu os declaro mortos... – disse o hippie arrancando sua peruca e os óculos de sol.

– Quem é você? – questionei-o ao perceber suas presas afiadas.

– Lord Mc’Cowin... – disse Lucas visivelmente surpreso.

– Você o conhece? – encarei Lucas com um olhar de extrema decepção.

“Bruno foge daqui agora, ele é o rei e quer o seu sangue... Foge rápido” disse Lucas em minha mente enquanto todos se horrorizavam com a presença do vampiro.

“E minha família... Amigos... O Alex... Você? Eu não posso fugir e deixa-lo mata-los” disse em minha mente para Lucas.

– Você me pertence garoto do sangue divino! – disse o vampiro agarrando meu braço.

– Solta ele... – Alex tentou acertar-lhe um soco, mas o vampiro o deteve com apenas uma mão. – Tenho 5 mil anos, ninguém aqui pode me deter!

– Senhor não faço mal a ele, eu lhe suplico! – Lucas se ajoelhou perante o vampiro deixando a todos estarrecidos.

“Traidor...” gritei em meus pensamentos enquanto senti uma impacto violento em meu pescoço.

– Seu sangue é uma delicia! – afirmou o vampiro maleficamente.

“Lucas eu só vou perdoa-lo se você tirar todos eles daqui” disse em meu pensamento.

Lucas prontamente levantou-se e encarou a todos que assistiam meu pescoço se tornando refeição de vampiro em choque.

– Vão embora. Não há nada aqui, está tudo bem. Vocês todos vão voltar para o hotel agora!

Todos com a exceção de Lucas começaram a se retirar, ele parecia ter hipnotizado todo mundo, naquele momento eu tive certeza, ele não era humano mesmo.

– Vou drena-lo até a última gota! – disse o vampiro voltando ao meu pescoço.

Meus olhos já começavam a se fechar e sentia meu corpo fraco, a voz de Lucas era cada vez mais distante quando uma forte luz tomou conta de tudo ao nosso redor. A mesma luz de quando Thiago havia me matado na concentração, havia alguém mais em meio a essa luz e eu só pude sentir sua mão tocar a minha.

– A guerra começou... – disse aquela voz serena. – Chegou o momento de cumprir o seu destino!

Scott Hise, Hotel Paraíso, quarto 177 (narrado por Becca).

– Becca... O que tá acontecendo com você? – questionou Dhara assustada.

– Eu não sei... Tô me sentindo fraca... – caí nos braços de Mason.

– É tarde demais agora! – disse Mason com um tom aflito. – O rei conseguiu!

– Eu tô morrendo? – indaguei-o – Que luz é essa?

– Becca... Não tem luz nenhuma! – afirmou Dhara. – Becca fica acordada, não feche os olhos...

SEGUNDA TEMPORADA ESTREIA EM 25 DE DEZEMBRO DE 2014...

Desculpem-me amigos, eu devia ter publicado de manhã... Meu computador deu algum problema e eu perdi meus arquivos, Tive que fazer tudo de novo, oh sorte hein... O capítulo original se perdeu, mas eu não podia deixar vocês sem a finalização da série! Mais uma vez me desculpem. Obrigado a todos por acompanharem LOVE ONE, comentem nem que seja pra me xingar, depois dessa eu tô me sentindo péssimo.

Mesmo com o imprevisto, tivemos a season finale, pena que o capítulo original já era. De qualquer forma... Hoje também estreamos OUTRO CLICHÊ TEEN. – Beijos & amaços da grande final com vergonha (eu devia ter renovado meu antivírus)!