Capitulo 1

Conto de didico445 como (Seguir)

Parte da série O Contrato

Capitulo 01.

-ooOoo-

Dezembro 2014

Decidi compartilhar minha historia com vocês, ela parece até meio que fantasiosa, mas não. Essa historia de como minha vida mudou de uma hora para a outra. Para vocês entenderem, vou contar desde o começo. O dia em que eu saí de casa para viver minha própria vida.

Meu nome, Evan Delavega. Minha idade, 20 anos.

Tenho 1,80 cm. Cabelos pretos, barba por fazer, minha pele é bronzeada e tenho o corpo legal por ter feito muita natação quando era mais novo. Sou filho de um dos maiores empresários da minha cidade, mas eu não vivo no conforto, muito pelo contrario. Moro em um bairro de periferia, trabalho como garçom para pagar as minhas contas e moro com o meu namorado Bruno.

Devem estar se perguntando, porque um cara filho de um homem rico mora em uma periferia? Muito simples, eu não sou santo. Fiz muitas coisas na minha adolescência e isso acabou deixando meu pai um pouco bravo. Ele me tratava como um dos seus empregados, sempre me dizendo o que fazer e tentando me manipular e eu nunca cai nos joguinhos dele, então ele tomou uma decisão, me disse para eu escolher.

Ou namorava com o Bruno, ou saia da sua casa.

E como odeio quando mandam em mim, fiz questão de sair de lá só com a roupa do corpo.

Bruno me aceitou de braços abertos, sua casa é pequena, mas como eu não ligo pra isso, acabou que morei com eles por anos.

Meu namorado era um sei lá o que. Ele nunca me contava as coisas que fazia e eu nunca me interessei, só sei que ele costumava a se encontrar com um cara muito influente aqui no bairro, acho que o Bruno fazia trabalhos sujos para ele. Mas enquanto ele me ajudasse a pagar as contas, não me interessava da onde vinha esse dinheiro.

Perdi minha mãe quando era muito pequeno e hoje meu pai é casado com uma mulher que só quer o seu dinheiro, ela não gosta de mim e eu mesmo já deixei claro para e ela e para o meu pai que se ela morresse não me faria falta alguma.

Estava tentando entrar de algum modo na faculdade, mas estava muito difícil pra mim. Nunca me interessei pelos meus estudos e agora eu não consegui de maneira alguma entrar em uma faculdade publica, e pagar um curso estava fora do meu orçamento.

Não tenho muitos amigos, quando se diz que mora em um lugar perigoso onde moro as pessoas meio que se afastam por medo, mas eu não estou nem ligando, tenho meus amigos aqui perto de casa e eles são melhores do que qualquer um mauricinho de merda.

*

06h00min

Eu me levantei, estava um dia frio e chuvoso, eu trabalho o dia inteiro para conseguir um dinheiro extra e as pessoas me dão gorjetas gordas – trabalhar em restaurante chique dá nisso –. Fui ao banheiro e me olhei no espelho, estava com uma cara meio abatida, trabalhei para caralho ontem e tinha chegado em casa umas 01:30.

Entrei de baixo da água gelada para acordar mais rápido. Escovei meus dentes e fiz a barba. Sai do banheiro enrolado na toalha e coloquei o meu uniforme de garçom, – camiseta branca, calça preta social e um sapato de couro – fui à cozinha e preparei um café preto.

Voltei no quarto e dei um soco no pé do Bruno que estava para fora da cama. Ele gemeu e eu disse:

– Você me pediu para eu te acordar hoje de manha. Disse que tinha uns problemas para resolver.

– Obrigado Evan.

Ele se levantou e foi para o banheiro. Eu joguei o resto do café na pia, peguei minha mochila e sai de casa. Estava sem guarda chuva, mas como era apenas uma garoa não tinha problema, era só eu andar rápido que eu não me molharia muito.

Olhei para os lados e vi que a rua estava vazia, então eu comecei a andar para o ponto que fica no fim da rua. Algumas pessoas que passavam por mim me dã bom dia, e com um sorriso no rosto eu respondo a todos.

Não demorou muito e eu já estava no ponto esperando o ônibus para ir ao restaurante, fiquei observando o tempo até que peguei o ônibus e fui trabalhar.

O dia passou sem muitas surpresas, como foram todos os outros dias.

Não demorou muito e eu já estava em casa. Quando abri a porta vi que Bruno estava de cueca branca assistindo um filme. Fiquei olhando para ele.

Como pode. Eu conheci esse garoto na pracinha perto da escola. Nós tínhamos 15 anos, ele era branco, tinha cabelo arrepiado, o seu corpo era definido, adorava se cuidar, era cheiroso e tinha uma bunda que, porra. Sem comentários.

Agora estava lá, cabelos bagunçados, magro que nem uma vareta. Não se arrumava mais, não fazia a barba, fedia a cigarro e maconha o dia inteiro e sua bunda... Que bunda, ele não tinha mais bunda. Era triste olhar pra ele.

Quando Bruno me viu deu um sorriso safado e disse:

– Está olhando o que amor? Que foder com esse corpinho. – Ele perguntou passando a mão no seu corpo magro e sem vida.

– Não, prefiro ficar na punheta mesmo – eu disse e fui para o banheiro tomar um banho.

Ele me seguiu todo bravinho e fazendo seus ataques estéricos que só ele conseguia fazer.

– Qual é o seu problema Evan? Não quer mais me foder. Não me beija mais e me trata com uma frieza filha da puta – ele disse na minha frente se fazendo de machão.

– Baixa a bola aí Bruno. Olha só para você, deixou de ser aquele carinha que eu amava, agora é só mais um fantoche desses caras que mandam aqui na vila.

– Quer saber? – ele perguntou vestindo uma calça. – Se você não quer me foder, eu vou achar alguém que queira. – ele disse batendo a porta a entrada.

– Vai lá, só cuidado para não pegar AIDS.

Eu fui tomar um banho por que eu não tinha que ficar ouvindo escândalo de namorado estérico, se ele olha-se no espelho, veria que eu tenho razão, não era obrigado a transar com ele por namora-lo, conviver pra mim basta.

Depois que eu tomei meu banho, eu esquentei comida e depois fui dormir.

***

Acordei na manha seguinte e vi que Bruno não estava na cama então eu me levantei e tomei um banho, preparei meu café e fiquei assistindo televisão até alguém bater na minha porta, como eu estava apenas de cueca, eu pedi para esperarem e coloquei uma bermuda.

Quando abri a porta dei de cara com dois homens enormes.

– Pois não? – eu perguntei e um deles apenas disse:

– Queremos falar com você, pode vim conosco?

– Agora não será possível, mas eu posso ir mais tarde – eu disse fechando a porta, mas um deles segurou com o pé e abriu de volta.

– Evan meu querido, estamos com um pequeno problema e o Jorge precisa falar com você – ele disse pegando no meu braço e me levando para falar com o Jorge.

Jorge era o cara que mandava na vila, um dos homens mais perigosos que eu já conheci. Bruno trabalhava para ele – vendendo drogas – coisa que eu sempre odiei, mas como ele não tem estudo, não faz faculdade e não tem capacidade de fazer nada na vida dele, esse era o único emprego que ele conseguia.

Eles me levaram até uma casa, que estava cercada por homens armados e nós entramos em um escritório que ficava no ultimo andar da casa. Jorge era um homem muito bonito, ele tinha mais ou menos 1,90 de altura, a cor da pele era morena e tinha sua cabeça raspada, seus olhos eram verdes e seu corpo era cheio de tatuagens, e musculoso é claro.

Ele ficou me olhando com uma cara estranha e fez um sinal para seus “empregados” saírem. Aproximou-se de mim e ficou me olhando, tirou a arma de dentro da calça e passou no meu rosto.

Aquilo me deixou assustado, mas eu não podia me mostrar fraco na frente dele, esse tipo de pessoa sente o cheiro do medo e usam isso contra você.

– Está com medo Evan?

Eu não respondi, apenas fiquei olhando em seus olhos.

– Responde! – ele disse com baixa e assustadora.

– Não.

– Isso é bom, mostra que você não é fraco que nem o seu namorado. Por que toda vez que ele chega perto de mim só falta se cagar todo – ele disse sorrindo e sentando-se na sua cadeira.

Ele pegou gelo e colocou no corpo de Uísque, o mesmo olhou pra mim e perguntou:

– Servido?

– Não obrigado.

– Não vai me perguntar o porquê de eu ter te chamado aqui?

– Eu tenho as minhas suspeitas – eu disse olhando para ele.

– Você é muito esperto Evan, por isso que o Bruno está com você até hoje. Além de ser bonito não é burro e idiota que nem aquele filho da... – ele respirou fundo como se quisesse e controlar e me olhou sorrindo

Deu mais um gole da sua bebida e me olhou.

– Seu namorado Fez merda.

– Fazer merda é a especialidade dele, mas me diz. O que foi que ele Fez agora?

Ele se levantou e veio até mim, me abraçou por trás e cheirou meu pescoço, aquilo estava me dando um nojo e a minha vontade era de dar um soco na cara daquele marginal filho da puta, mas eu não podia fazer isso, já que ele anda armado.

– Sabia que eu tenho câmeras aqui na minha casa?

– Não, mas eu fazia uma ideia.

– Mas ele não.

Ele foi até uma televisão que tinha na sala e colocou nas gravações de ontem à noite.

Bruno estava se agarrando com um dos seus capangas, eu já imaginava aquilo e o ver beijando outro homem só me fez ter pena dele mais ainda. Os dois pararam e Bruno começou a falar alguma coisa, o outro olhou para os lados e abriu o portão da casa. A câmera já mudou de posição para dentro da sala do Jorge. Eles entraram sem fazer nenhum barulho e vieram até o escritório que fica no último andar da casa, entraram sem fazer barulho e fecharam a porta.

– Agora é a parte mais interessante, eu tenho microfones por toda essa sala e seu namorado não sabe disso, nem o filho da puta do Ramon, que é esse porra que está com ele.

Eu olhei para ele e para a TV.

“E como vamos fazer isso?” Perguntou o Bruno.

“Ele nunca percebeu, mas eu fico de olho todas as vezes que ele abre o cofre, então eu sei a senha” Disse o tal do Ramon.

“Então abre essa porra e vamos sair daqui”

O homem foi no cofre eletrônico e digitou a senha, abriu o mesmo e começou a tirar todas as coisas que estavam dentro dele e colocar em uma mochila, depois Bruno fez a mesma coisa e os dois saíram correndo da casa.

– Olha isso aqui – disse Jorge indo até o cofre e me mostrando que estava vazio.

– É uma perda muito grande.

– Você não faz ideia meu querido Evan.

– Mas o que eu tenho haver com isso?

– Esqueceu que o Bruno é seu namorado? – ele perguntou andando em minha volta.

– Não – eu disse frio.

– Que bom que você ainda se lembra disso – ele passou a língua no meu rosto eu tentei me afastar, mas ele me segurou e colocou a arma da minha cintura. – Evan você é um rapaz muito bonito, seria uma pena se você morresse não é mesmo?

Eu concordei com a cabeça.

– Então concordamos em alguma coisa? – ele deu uma risada alta. – Mas falando serio agora meu querido. Como ele era seu namorado ele está na sua responsabilidade.

– Bruno já é maior de idade, sabe muito bem o que está fazendo. Eu não sou seu pai e muito menos responsável por ele, eu era seu namorado, mas não sou mais.

– Mas isso não me importa, eu não quero saber. Era com você que ele dormia toda noite e é você que vai pagar por essa merda que ele fez.

– Como assim?

– Isso mesmo meu precioso Evan, você vai me pagar centavo por centavo.

– Mas eu não tenho dinheiro, eu apenas trabalho como garçom...

– ISSO NÃO É PROBLEMA MEU – ele gritou e meu corpo estremeceu todo – Evan meu amor, eu não posso ficar no prejuízo.

– Mas eu não tenho como pagar em dinheiro.

– Mas pode me pagar com outra coisa – ele disse aproximando-se de mim, até me prensar na parede.

Ele passou o nariz por todo meu rosto e me deu um beijo, ele beijava muito bem, mas mesmo assim eu não queria de maneira alguma aquela língua nojenta na minha boca. Eu tentava me soltar a todo custo, mas ele segurou meus braços e mordeu meu lábio inferior de leve.

– Agora eu entendo o porquê daquele maldito ficar com você – ele disse sorrindo. – Mas não é isso que eu quero de você meu precioso Evan.

– O que você quer de mim Jorge?

– Eu quero que você mate um homem.

Eu olhei para ele e o mesmo me deu um sorriso sádico e foi até a sua mesa, ele abriu uma gaveta e ficou revirando alguma coisa até que achou uma foto e me entregou.

Na foto tinha um homem muito bonito, ele era branco, tinha a cabeça raspada e barba no rosto. Estava usando um terno todo preto e óculos escuros e entrando em um carro.

– Quem é esse homem? – eu perguntei tremendo.

– Esse é Alberto Augustin. Ele era meu melhor amigo e quando mais novos morávamos os dois aqui, mas um dia ele me roubou, o dinheiro que eu tinha ganhando em um premio. E ainda levou algo muito importante de mim.

– De quanto estamos falando?

– O premio era de 3.550.000 USD.

– De onde veio tanto dinheiro?

– Eu já disse, eu ganhei em um premio. E, além disso, ele também me levou um presente que eu ganhei da minha avó. Meu tataravô era garimpeiro e ele achou um enorme diamante, ele passou esse diamante para a minha bisavó e para a minha avó que passou para mim e agora foi roubado. E é ai que você entra.

– Você quer que eu mate o homem e depois pegue o seu dinheiro e seu diamante?

– Não, eu apenas quero que você o mate e pegue meu diamante, o dinheiro eu já tenho de sobra. Faça isso Evan e você está livre para sair daqui, e eu ainda te dou o dinheiro para ter uma vida melhor longe desse lugar.

– Mas se eu não conseguir mata-lo.

- Então de um jeito de arrumar o valor de 1.500.000 para substituir as joias e o dinheiro que seu namoradinho roubou. Você pode pensar e amanha me dar uma resposta. Sei que você fará a escolha certa, é um bom menino Evan – ele disse e passou a mão no meu rosto.

– Vou pensar.

Disse e sai do seu escritório e fui direto para a minha casa.

Minha vontade de matar o filho da puta do Bruno era muita, como assim aquele desgraçado rouba o cara mais perigoso da vila e ainda me deixa com esse problema. Eu me sentei na cama sem saber o que fazer, pensei em pedir dinheiro para o meu pai, mas isso não estaria certo, quando eu sai da sua casa, prometi para mim mesmo que nunca pediria nada para ele e não vai ser agora que eu vou fazer isso.

O meu medo não era matar o cara, mas sim o que poderia acontecer comigo depois, já que ele parece ser bem rico e influente. Mas se eu não fizer isso quem morre sou eu. Então minha decisão está tomada, quem morrera será ele.

Passei uma água no rosto e fui falar com o Jorge.

Cheguei a sua casa e o mesmo me recebeu como se eu não tivesse acabado de sair dali.

– Então Evan, veio mais rápido do que eu esperava.

– Tomei a minha decisão.

– Me fale qual é.

– Eu vou matar o cara.

– Perfeito, mas saiba se falhar você ainda tem a chance de pegar dinheiro com o seu papai. Ou morrer e ser enterrado no terreno baldio como uma pessoa indigente.

– Eu não vou falhar.

– Assim espero.

Ele me entregou uma arma cromada e disse para eu esperar na frente da casa do homem, eu concordei com ele e saí, pedi uma carona para um dos capangas dele que tinha uma moto e ele me levou até um condomínio de granfino, dos mesmo que o meu pai morava.

Ele disse para eu falar com o porteiro que o mesmo me deixaria entrar.

– Pois não – disse o homem na minha frente.

Ele tinha cabelos pretos arrepiados, uma voz doce, um corpo em forma e uma calça apertada que deixava sua bunda uma beleza.

– Sou amigo do Jorge...

– Claro – ele nem em deixou terminar e disse que eu poderia entrar.

Parecia que ele estava com medo de mim e eu achei aquilo muito estranho, mas decidi deixar pra lá, alguma coisa o Jorge fez para deixar aquele menino dessa maneira.

Eu cheguei na frente da casa do numero 371 e aquilo não era uma casa e sim uma mansão, maior que a casa dos meu pai, acho que cabia três casa dos meu pai ali dentro, da cor branca, com um jardim enorme da frente. Olhei no relógio e vi que já era um pouco tarde, eu passei a minha manha inteira falando com o Jorge e a minha tarde pensando no que eu faria da minha vida e agora eu estou aqui, parado na frente da casa de um homem que eu não conheço, esperando ele chegar para dar um tiro nele.

Minha vida não podia melhorar.

19h00min

O dia já estava indo embora e a noite chegando, estava um calor agradável, ainda mais depois que eu passei o dia inteiro atrás de um arbusto esperando o empresário Alberto Augustin chegar.

Quando eu menos espero eu vejo um carro preto se aproximando da casa, ele parou em frente e desceu um homem muito bonito, era o mesmo da foto, ele era a minha vitima.

Eu só tenho que apertar o gatilho e atirar, aperta e atirar.

Quando eu mirei no homem e engatilhei a arma, eu senti uma descarga elétrica por todo o meu corpo e um dor insuportável tomou conta de mim, me debatia que nem um

louco no chão e já começava a perder os sentidos. O choque parou e um homem todo de preto estava segurando uma arma de choque.

– Hoje não seu marginal filho da puta.

Foi a ultima coisa que eu ouvi depois de apagar.

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Continua.

Gente, esse é o meu terceiro conto e eu queria sair um pouquinho do adolescente que é o que eu sempre escrevo. Foi o conto mais votado por meus leitores e espero que vocês tenham gostado, por favor deixem os comentários e opiniões.

Comentários

Há 3 comentários.

Por BielRock em 2014-12-14 00:53:40
Caraca . Amei o episódio . E garanto que vou amar todos os episódios . Suas séries são perfeitas . Parabéns .
Por Ryan Benson em 2014-12-13 14:28:17
Adriano, ficou perfeito!! E foi bom mesmo escrever sobre um tema diferente, pra inovar um pouco as series desse site, até pq 90% da s series aqui são só romance, é muito massa quando um escritor lança uma historia com outro tema (sem fugir da caracteristica "homossexual"). Adorei a serie, e tenho certeza que os proximos EPs vãp nos surpreender! Um abraço!
Por nick-Andrew em 2014-12-12 22:09:08
Fã numero um hehehehe deixa seu whars cara?