U. D. P. : "incipiens" (01x25)

Conto de H. C. como (Seguir)

Parte da série U. D. P.

Parte 25

Bernardo – oi cheirosinho, não me diga que se esqueceu de mim – ele havia me encurralado e o Rafael não estava lá para me defender.

Eu – Bernardo me deixe em paz, tem tantos garotos e garotas que gostariam de ficar com você, porque você cisma em me querer?

Bernardo – porque você é muito gostoso, agora ou você volta para mim ou eu conto para todo mundo que você é um viado, eu acho que seus pais vão adorar saber que você gosta de dar o cu.

Eu – por favor, não conta para ninguém – eu fiquei desesperado, eu não sei o que faria se meus pais me negassem depois de saber minha opção.

Bernardo – então me encontra hoje à noite no shopping, se você não aparecer eu juro que amanhã todos vão ficar sabendo – ele disse isso e saiu rapidamente.

Eu não sabia o que fazer, eu estava sem saída, pois se cedesse ao Bernardo, eu perderia o Rafael, de outra forma, se eu não o obedecesse meus pais descobririam, e o que seria de mim? Eu fiz o mais sensato, liguei para o Rafael, Em um piscar de olhos ele chegou, eu peguei minhas coisas na sala e sai. Ele me levou para sua casa, pois nos precisávamos de privacidade e silencio. O dia estava nublado e estava muito frio. Quando chegamos fomos direto para a sala da lareira, lá era muito bom o clima. Quando eu entrei à lareira estava apagada, como sempre, mas quando Rafael entrou, ele me deu um beijo e quando olhei a lareira estava acesa. Sentamos em um sofá que tinha perto da estante de livros, o calor da lareira aquecia todo o cômodo, e nesse ponto em particular estava levemente escuro. Rafael sentou e eu sentei ao seu lado, ele passou as mãos sobre minha cabeça e fez com que eu me deitasse sobre o seu peito. Eu sentia conforto em ficar com ele.

Rafael – agora me conte exatamente o que aconteceu – ele disse com calma. Seu abraço me fazia sentir segurança.

Eu – Bernardo me ameaçou, caso eu não fique com ele contará para todo mundo que eu sou gay, e eu não tenho como desmentir. Eu tenho medo que meus pais deixem de me amar Rafael, eu tenho muito medo – e eu comecei a chorar e soluçar, uma tempestade descomunal começou lá fora.

Rafael – e você, o que quer fazer? – ele falou ainda acariciando meus cabelos.

Eu – não sei, eu tenho nojo dele, mas tenho muito medo também dele contar para os meus pais.

Rafael – há duas opções, ou você cede a chantagem dele, neste caso ele vai te usar e eu não vou poder intervir e uma chantagem nunca acaba, ou você se assume. Saiba que em qualquer um dos casos, eu vou estar com você sempre que você quiser, eu prometi nunca te abandonar e cumprirei essa promessa – era tudo que eu precisava ouvir, com o apoio de Rafael eu sentia que nada poderia me abalar.

Eu – então estou decidido, eu só precisava ouvir que você continuaria ao meu lado. Eu contarei hoje à noite aos meus pais – eu disse parando de chorar, Rafael enxugou minhas lagrimas e se levantou.

Rafael – eu ia esperar até o final de semana, mas já que é assim... Eu vou buscar algo, fique aqui que eu já volto – ele então foi. Não demorou nem cinco minutos e ele retornou com algo atrás dele. Ele se ajoelhou perto de mim e abriu uma caixinha com duas alianças de prata e ouro, elas eram lindas.

Rafael – Lucas quer namorar comigo? Eu sei que você já disse sim, mas agora é de uma forma mais formal – meu coração se encheu de alegria e comecei a chorar, mas agora de felicidade.

Eu – é claro que eu quero amor – se ele tinha comprado essas alianças então ele realmente queria algo sério comigo.

Rafael – eu prometo que de hoje em diante, estarei com você inclusive nos sonhos – ele dizia pegando uma aliança e colocando no meu dedo, depois disso eu peguei a outra e coloquei no dedo dele. Mal ele sabia que já dominava os meus sonhos. Nas alianças estava escrito: “incipiens”

Eu – que lindo o que isso significa?

Rafael – significa começo, porque esse anel simboliza o namoro que é o inicio de um relacionamento, que espero que seja muito duradouro.

Eu – onde você comprou esse anel? Eu nunca vi um com essas marcas e ele parece quente como se fosse parte de mim, feito sob medida – era verdade, esse anel era tão confortável que eu poderia tranquilamente esquecer que ele estava ali e as pequenas marcas, prateadas e onduladas, que só era possível ver bem de perto, eram magníficas. Eu jamais havia visto algo assim.

Rafael – fui eu que fiz. Não pergunte como nem onde, eu o acabei hoje de manhã, um amigo me ajudou em uns detalhes, bem, com quase tudo... – ele disse meio vermelho.

Eu – Tem algo que você não faça? É bom ter um homem tão prendado, vai dizer que foi você que construiu essa casa – ele olhou para o lado e eu nem quis pensar nas possibilidades – não responda.

Para Evitar mais surpresas, eu o beijei. Seu beijo era muito bom e eu já estava começando a ficar excitado e pelo que eu pude perceber ele também. Comecei a puxar a camisa dele...

Continua...

Comentários

Há 1 comentários.

Por dfc em 2014-06-25 19:20:56
bommmmmmmmmmmmmmmmmmm