Jamais amarei novamente - A notícia

de Ild (Seguir)

Parte da série Jamais amarei novamente.

A notícia

Já passado tão terrível susto, a mãe de Daniel providenciou um chá para que tornassem a dormir.

Ao acordar. Daniel, bem mais calmo, inicia sua rotina como todo adolescente, levanta-se e faz tudo que lhe é necessário. Após vestir-se, já em trajes escolares, desce e cumprimenta sua mãe na cozinha e inicia seu café. Como já de costume, depois do café, vai para sala cumprimentar seu pai que atento assistia o jornal.

Porém para sua desventura quando atenta a televisão:

- E agora uma notícia que chocou a todos. Durante a madrugada no km 45 dar estrada que dar acesso aos principais centros do estado. Um caminhão que segundo a polícia rodoviária federal vinha em alta velocidade e na contramão, chocou-se contra um carro que seguia no sentido contrário. O motorista do caminhão passa bem, mas dos passageiros do carro cinco ficaram gravemente feridos e apenas um morreu... –Disse o jornalista que apresentava o caso.

Quando Daniel observou a imagem do carro, quase que irreconhecível, veio a sua mente o sonho, o beijo, o amor. Suas pernas tremeram, seu coração pulsou mais rápido, sua voz não saiu, quando na televisão mostraram a imagem. Não podia ser não era ele, uma lágrima insistiu em correr pela sua face.

Ruan, o único que não sobrevivera. Queria não chorar. Mas seu corpo não obedeceu e já demonstrava o impacto que sentira. Em prantos, em dor, em culpa, em saudade e desespero, caiu de joelhos sobre o chão da sala. Não podia ser. Seu único Amor, seu melhor Amigo.

- Não. Não. Não pode ser. Por quê? – Em prantos tentando entender.

Seu pai o abraçou. Sua mãe em desespero correu para sala. Ambos não entendiam o porquê para todo desespero. Só tentou acalma-lo, oque não fora o suficiente. Sua mãe perguntou do que se tratava e Daniel não resistiu, falou que seu melhor amigo acabara de morrer.

-Foi tudo culpa minha, eu não o impedir. Se eu o tivesse impedido, ele não estaria morto. É tudo culpa minha. Por quê?

-Meu filho acalme-se. Não chores. Não foi culpa sua. Você não sabia o que isso iria acontecer. –A mãe exclamou com pena.

-Segundo a família do adolescente que morreu nesta madrugada o corpo será velado na capela de nossa senhora da graça a partir das dezenove horas. A família do adolescente, revoltada alega que entrara com um processo contra o motorista...

A escola que o adolescente estudava, em memória, declara luto, paralisando suas atividades por 36 horas... – Em plantão a repórter avisava.

-Pai. Posso ir ao velório? Quero fazer uma ultima homenagem ao melhor amigo. –Pediu Daniel já um pouco mais calmo.

-Claro filho, iremos todos nós. A família com certeza precisa do apoio de todos neste momento tão difícil. Agora vá para seu quarto e descanse. Eu e sua mãe pediremos pra sair mais cedo para irmos ao velório. – Disse o pai de Daniel, enquanto sua mãe o abraça e beija-o na testa.

Aquele dia foi muito triste para Daniel. Em sua cama teve a impressão de que tudo parou. O vento não soprava, o céu nublou. Os pássaros não cantavam. Tudo para Daniel já não importava mais.

Chegada a hora, Daniel se arrumou e aguardou que seus pais chegassem. Cinco minutos depois seu pai buzina em frente a casa. Em trajes leves e escuros ele entrou no carro. Chegando ao destino, ao entrar no recinto ele não consegue conter as lágrimas chega a frente à mãe de Ruan, senhora Marta, que já o conhecia, mesmo com as poucas idas de Daniel a sua casa, a observa como se tivesse pedindo licença e eles se abraçam.

Fora difícil, mas tivera que enterrar junto a Ruan todo o amor que sentia. Não podia se arriscar convivendo com ele em seu peito, mas prometera pra si, devido a emoção do momento, que jamais amaria novamente.

Foi tudo muito difícil.

Dois anos depois.

-Bom dia meu filho. – Senhora Catarina beijando-o no rosto, - Como você esta?

-Melhor do que nunca, aliás, será que vou gostar do colégio novo?

-Claro que sim meu filho eu e seu pai já estudamos lá e um dos melhores colégios da cidade. Por isso que nós resolvemos lhe colocar lá.

-Tá. Já entendi. Agora seu eu não gostar daqui ao meio do ano. Vocês vão ter que tirar de lá. – Daniel falou com a cara de criança emburrada.

-Ok. Filho. Quando chegar lá, vamos partir pras negociações. Agora ponha o sorriso mais lindo do mundo neste rosto. – Sorrindo Catarina, deixando-o só na cozinha.

Passado alguns minutos seu pai entra na cozinha e pede que se apresse. Não podia chegar atrasado. Não no primeiro dia de aula.

Seu pai como estava com muita pressa ao chegar à frente da escola, freia o carro desesperadamente provocando um barulho devido ao atrito dos pneus com o asfalto. Todos pararam o que faziam e focaram seus olhares para o carro, depois de algum segundo Daniel sai do carro e todos o observam, com olhares de curiosidade, sim, e alguns de repúdio, também.

...

Primeiramente, obrigado a todos que me incentivaram a continuar o conto. Espero que tenham gostado desta parte. Sei que estou falando muito e tem quem não goste, mas tem os quem goste. Critiquem, votem, façam o que achar melhor. Gosto da opinião de todos.

Bjs

Comentários

Há 1 comentários.

Por Kaka em 2013-07-19 14:02:39
Continue, o conto está incrível!!!