Capítulo 02

Parte da série Tipo para Sempre - A História de Caio

Não lhe dirigi uma só palavra no retorno para casa, ele sentiu que eu fiquei uma pilha de raiva e também nada disse. No fundo, acho que ele não se importava se eu tinha me chateado ou não. A relevância que ele dava aos meus sentimentos costumava ser diretamente proporcional à quantidade de esperma acumulada no seu saco. Desci do carro e disse só um “valeu”, ele limitou-se a responder com um meio sorriso debochado. Não havia ninguém no elevador comigo, o que foi bom porque eu me olhei no espelho e fiquei com raiva da minha própria cara. Fiquei imaginando o tosco do Flávio naquele momento dirigindo todo saciado sexualmente para casa, muito satisfeito consigo mesmo por ter mais uma vez me traçado e me deixado no vácuo.

Mas não vou ser hipócrita, claro que me aproveitei também. Eu não era de se jogar fora, mas meu enrustimento me impedia de ficar com muitos caras legais. Meu medo de ser descoberto acabava por me tornar vítima de outros enrustidos como eu, era o preço que deveria ser pago.

Não podia querer que alguém levasse um relacionamento a sério comigo se nem eu mesmo me levava a sério, pois usava uma máscara para esconder do mundo minha verdadeira personalidade. E eu gostei, não foi a melhor foda da minha vida, não durou nem cinco minutos, mas eu estava mesmo precisando de um pouco de sexo. Quando fico muito tempo sem sexo até meu humor muda, fico seco e grosseiro. Basta um encontro caprichado com um homem que fico todo sorridente e bem humorado por semanas. Por isso que quando vejo alguém muito azedo, imagino logo que é falta de sexo.

Entrei em casa e vi meu pai na cozinha, nem cumprimentei, subi para o meu quarto e tranquei a porta. Tinha deixado o computador ligado, a ânsia de dar era tanta que até isso esqueci. O resultado disso foi que haviam várias conversas não respondidas, o Roney tinha me xingado de tudo e até a Sâmia falou comigo dizendo que já tinha chegado em casa e estava preocupado com meu sumiço. Verifiquei o celular e não havia ligação de nenhum dos dois. Falei com Roney:

“— Era tanta a preocupação que nem me ligou né viado?”

“— Amiga, pensei que tinha dormido com a cara no PC.”

“— Que nada fia, eu tava era dando.”

“— Arrazou, gata. Não me diga que foi o Daniel.”

“— Aff, viado. Para de falar nesse tosco. Foi o Flávio, ele resolveu aparecer. Fui lá na casa dele e rolou. Mas vou mais sair não, ele disse que não quer nada demais e não to afim de virar puta de ninguém.”

“Traidora, não quer ver as amigas mas dar o rabo a senhora vai né? E ainda mais pro Flávio, eu já tinha dito pra tu esquecer esse maluco, até meu papagaio já tinha notado que ele só queria te comer.”

“— Desculpa Ro, foi mal mesmo. A seca tava grande e eu cedi, mas to precisando conhecer alguém urgente, senão é capaz desse merda chamar e eu ainda transar com ele. E ele ainda é frustrante porque goza muito rápido.”

“— Hhahahahahahahaha. Se eu fosse a Sra., apostava no Daniel. Ele tem uma cara de rasga-balde enrustido.”

“— Nem achei isso, só achei ele um heterozinho metido a besta. E não vou premiar alguém que tenta me humilhar dando o meu rabo né?”

“— A Sra. já premiou o Flávio várias vezes...” (Ele tinha o dom de colocar o dedo nas minhas feridas.

.“— Foi mlr, mas eu sou mudar, tu vai ver.”

Depois falei com a Sâmia, ela me disse que, como era o último ano, devíamos criar uma rotina de estudos diária para o vestibular. Sugeriu que fôssemos estudar na Biblioteca do BNB à tarde e eu topei.

No dia seguinte o colégio foi bem tranquilo, nada de muito relevante. O Daniel chegou e eu fingi que não vi, também fiquei evitando qualquer contato com ele durante todo o dia, no que obtive total sucesso. O Roney não pôde ir à biblioteca do BNB, disse que tinha umas coisas de sua mãe para resolver. A Sâmia foi comigo.

Muito legal a biblioteca, o único problema que enxergava em ir estudar lá era o acervo fantástico que havia. Era difícil se concentrar nos livros de estudo com tantas obras interessantes ao redor pedindo para serem lidas. Apesar de não me considerar exatamente um grande fã de leitura, eu lia mais do que a grande maioria dos adolescentes da minha idade. Tal fato aliado à minha natural curiosidade me fez perder tempo fuçando inúmeras prateleiras, no que fui interrompido pela impaciência da Sâmia.

Sentamos em uma das mesas de estudo disponíveis e pegamos um programa completo do vestibular. Era coisa pra caramba, envolvendo tudo que já havíamos estudado na vida toda e mais algumas coisas. Eu estava concentrado lendo a atualização da matéria de historia do Ceará, um livro de um autor chamado Aírton de Farias, considero ele muito bom pelo fato de ele conseguir fazer qualquer evento histórico parecer interessantíssimo. Foi através desse livro que passei a ter vontade de fazer faculdade de história, queria aprender a relatar fatos da forma que ele fazia. Minha concentração foi subitamente interrompida por um cutucão da Sâmia:

— Ca, olha aquele cara olhando pra gente, acho que ele gostou de você.

Me virei discretamente para olhar, mas o cara percebeu e virou o rosto envergonhado. Ele parecia ter uns 20 e poucos anos de idade, era branco, cabelos castanhos e cortados baixos e espetados igual o meu. Não era aqueles caras super bonitos, era uma pessoa perfeitamente normal, mas o rosto dele tinha uma coisa diferente, os olhos pareciam de alguém mais velho. Nos milésimos de segundos em que nos olhos se cruzaram, pareceu que ele bateu um raio-x da minha alma. Aquilo me incomodou. Olhei as roupas dele e ele usava uma calça jeans comum e uma camisa verde bem comum que tinha algo escrito que não consegui ler. Ele tinha um corpo normal, nem gordo, nem mago. Nem fracote, nem muito musculoso. Achei engraçado a forma como ele ficou envergonhado, é aquele tipo de atitude que faz a gente achar alguém fofo.

— Ele tava olhando mesmo. — Falei pra ela animado. — Será que ele curte?

— Calma viado, você é muito espevitado. Tem que saber fazer a Sandy, igual mulher. Não fica se derretendo todo só porque o carinha olhou. Vira a cara todo besta e faz de conta que não esta nem aí que ele fica doido.

— Ai mulher, também não é assim não, só achei engraçado o jeito dele com vergonha, e nem achei bonito.

— Achei charmoso. Mas não gosto de homem de óculos, parece nerd demais.

— Você precisava namorar um nerd, pra ver se deixa de ser burra. — Falei abafando o riso e o comentário me valeu um chute na canela.

— Ridículo. — Falou Sâmia com cara de brava. — Não sei porque eu ainda dou bola pra viado.

— Porque você me ama, Saminha. Agora vai estudar pra ficar inteligente mulher, que bonita tu não fica mais que isso, gatosa. — Fiz uma graça para me reconciliar, mas ela era realmente bonita.

No resto da tarde não reparei mais se o outro cara havia voltado a olhar para mim e a Sâmia guardou a língua ferina dela dentro da boca após minha piada sobre inteligência. Ela era daquelas pessoas que estudam, estudam e não entendem nada, mas naquele último ano estava disposta a dar o sangue para aprender algo e fazer alguma coisa no vestibular. Eu sempre fui aquele aluno esquisito pelo fato de que era do tipo largadão mais costumava tirar boas notas, embora não me esforçasse muito. Eu me recriminava porque achava que se me dedicasse mais conseguia ficar entre os melhores, mas no fundo não estava ainda conseguindo a força de vontade necessária para isso.

Quando levantei para sair, o cara ainda estava lá, levantei e passei por ele bem devagar pra ver se ele olhava, nenhuma reação, a Sâmia me olhou com reprovação ao que fiz, eu apenas soltei um beijinho para ela debochando de sua cara feia. Liguei pro Marcos e perguntei se tinha como ele me pegar, ele estava com meu pai, então peguei um táxi.

Cheguei em casa e meu irmão estava com uma moça na sala, achei que devia ser uma namorada nova, nem olhei para os dois e fui subindo quando ele me chama.

— Caio, vem aqui, te apresentar minha namorada.

Voltei meio a contragosto, com um sorriso falso no rosto:

— Oi, tudo bem? — Falei me dirigindo à moça. Era uma morena baixinha de corpo muito bem feito, estava com uma calça jeans apertada que marcava muito a bunda e as coxas dela, meu irmão devia estar se fartando porque ela tinha seios imensos, daqueles que é impossível cobrir com peças de roupas comuns.

— Tudo bem Caio, sou a Lívia. Estudo na mesma faculdade do Carlos.

Carlos era o nome do meu irmão, um sintoma de que não gosto muito dele é o fato notável de que até agora seu nome não foi citado neste relato. Aproveitando a deixa, digo também o nome de minha irmã, que não foi falado ainda não por eu ter algo contra ela, mas apenas por não sermos muito próximos. O nome dela é Ana Clara, mas chamamos só de Clara.

— Prazer Lívia. — Trocamos beijinhos de lado e rapidamente me desvencilhei dos dois. Sabia que no fundo o Carlos tinha me apresentado apenas para parecer que era legal com o irmão mais novo. Falsidade pura, mas não custava fazer o jogo.

Estava quase dormindo quando a porta do meu quarto abre. Droga, havia esquecido de fechar. Era o Carlos, me viro pra ele e pergunto aborrecido.

— O que foi?

— Nada não, só queria te perguntar uma coisa, imbecil.

— Fala. Respondi azedo.

— O que diabos há entre você e o Flávio? — Inquiriu ele enquanto todo o sangue me fugia do rosto.

Eu demorei alguns segundos para voltar ao normal. Pensei rápido e fingi que ao invés de assustado estava apenas confuso, sem saber o porquê daquela pergunta.

— Como? Que Flávio, do colégio?

— É, que eu saiba é o único Flávio que você conhece. O que tá pegando entre vocês?

— Porque você tá perguntando isso? Vai cuidar da tua vida, seu inútil, senão o bicho papão toma conta dela.

— Vi você entrando no carro dele. E depois ele vindo te deixar.

— E dai, porra? O cara é meu amigo do basquete, que tem demais? Eu fico monitorando a tua vida, por acaso? Vai cuidar da rapariga da tua namorada, senão daqui a pouco ela tá dando o bicho dela pra algum negão e deixa a minha vida em paz.

— Cuidado com o que você fala, seu filho da puta. Vociferou ele enquanto segurava minha camisa pelo colarinho. — Fala mais alguma coisa que eu quebro a tua cara.

Não falei mais nada e ele foi aos poucos afrouxando o aperto da minha camisa.

— Fica esperto. Eu sempre estou de olho em você.

Saiu do meu quarto deixando a porta aberta. Fiquei nervoso pensando que ele ia me bater, apesar de eu não ser fraco, o Carlos pratica Muay Thay há vários anos e eu só prático esporte, nunca curti artes marciais, então ele me vence facilmente em qualquer tipo de embate físico. Fiquei pensando nas consequências do Carlos saber que eu tinha um lance com o Flávio, provavelmente não seria algo agradável. Porque aquele infeliz não deixava eu viver minha vida tranquilo era uma questão que me afligia há muitos anos.

No dia seguinte cheguei ao colégio ainda sob efeito do medo que passara na noite anterior. Encontrei Roney exatamente na entrada e fomos conversando. Ele dizia que estava ansioso para ir ao BNB, e eu imagino o que ele deve ter andado conversando com Sâmia sobre o carinha que vimos lá. Não tive a oportunidade de indagar ela a respeito porque entramos meio atrasados na aula e era aula de História do Brasil. O professor estava falando de Era Vargas e o papel dos movimentos sociais e políticos como socialismo e anarquismo, eu achei o máximo quando ele falou de anarquismo e fiz umas anotações para pesquisar na internet mais tarde em casa.

Quando acabou a primeira aula, vejo Daniel entrar atrasado e procurar uma carteira vazia, fiquei puto quando percebi que umas das poucas que ainda restavam estava exatamente ao meu lado. Ele olhou a sala inteira de um lado a outro e escolheu sentar perto de mim.

— Bom dia. Me cumprimentou sorrindo.

— Oi cara, bom dia.

— Como vai a preparação pro basquete?

— Preparação para que?

— As escalações do ano, para quem foi capitão ano passado você tá bem por fora não é?

— Cara, você possivelmente é obtuso demais para observar, mas a minha vida não gira em torno de basquete. Eu curto jogar mas minha honra não depende disso.

Era uma meia verdade, porque eu não era fissurado como ele parecia ser, mas andava terrivelmente incomodado com a perda de espaço que vinha sofrendo. O basquete era meu território ali e desde que entrei nunca havia sido ameaçado. De repente eu me deparava com aquele sujeitinho mais metido a besta ainda do que eu e que além de parecer ter mais habilidade, também ganhava no quesito altura, 1,86m, diante dos meus 1,72m. Mesmo se tivéssemos a mesma habilidade ele ganharia pela altura.

Ele aparentemente se deu por satisfeito com a minha resposta e não falou mais nada. Confesso que ele meio que estragou o meu dia, mas a tarde rumei para o BNB com a Sâmia e o Roney, foi uma tarde muito boa, encontrei uns livros sobre anarquismo e passei a tarde lendo, mas não vi o carinha da outra vez. Ele também não apareceu no resto da semana. O Daniel voltou a me encher o saco, pelo menos isso para compensar.

Na sexta eu não poderia ir ao BNB porque tinha treino do basquete a tarde. Seria um treino muito importante, porque eu tinha que ver se me imporia ao Daniel diante dos outros ou se ele realmente ia tomar meu lugar.

Não houve disputas durante o treino, o PJ apenas nos mandou fazer muito aquecimento e após ficarmos cansados sentou com todo mundo na quadra e conversou sobre os planos para aquele ano, disse que a equipe do ano passado estava muito entrosada e que precisava que esse entrosamento se aliasse aos reforços desse ano, isso era em relação ao Daniel, apesar de que haviam dois outros carinhas novos também. Disse que, como sempre, ia sugerir o nome do capitão e se alguém tivesse algo contra que se manifestasse. Eu me tornei capitão do time na metade do ano anterior, ele elogiou minha atuação e disse que começaríamos aquele ano comigo continuando no cargo, olhei com os faíscas nos olhos para o lado de Daniel, mas ele estava apenas sorrindo e conversando com um dos caras novos. Quando o PJ perguntou diretamente se alguém tinha algo a falar, o Emanuel, um dos veteranos pronunciou-se:

— PJ, eu sei que o Daniel acabou de entrar, mas acho que ele está se entrosando com todo mundo muito bem, não tenho nada contra o Caio, nem to dizendo que você deveria tirar ele, só acho que isso deve ser levado em consideração, porque tipo, o Caio é bom na quadra, mas a gente é tudo unido e ele nem mesmo anda com a gente, galera sai toda junta, ele nunca está.

— Eu não vou julgar um jogador pelo que ele faz fora da quadra, Emanuel. — Respondeu o professor bem incisivo. — A não ser que essa falta de entrosamento do Caio se reflita dentro do jogo, não tem relevância nenhuma pra mim. O Daniel é um jogador muito bom, e mesmo sendo novato fica como um excelente candidato para substituir o Caio, mas antes de tudo ele precisa conhecer todo mundo dentro de quadra também, não basta conhecer só fora. Então eu opto pelo Caio, se ele não vai às festinhas de vocês, pelo menos conhece o jeito de cada um na quadra e consegue auxiliar muito bem com isso.

Isso encerrou o assunto mais o Emanuel manteve um ar meio emburrado e o clima ficou estranho. O Daniel agiu o tempo todo como se não falassem dele, mas eu tinha certeza que alguém intervir e falar aquilo foi algo planejado. Aparentemente ele estava conquistando os jogadores fora do ambiente de jogo, saindo com eles, talvez visitando cada um na sua casa. Pensei que o assunto tinha sido encerrado, mas outro jogador resolveu falar, era o Mário, um carinha que ficou comigo no vestiário da quadra de esportes no ano anterior.

— Professor, apoio totalmente, curti o Daniel, talvez seja o melhor jogador aqui, mas ninguém pode chegar e já ser capitão, eu joguei com o Caio ano passado e ele foi um capitão fantástico. Ele deve ter as razões dele pra não sair com a gente, dentro da quadra nunca deixou de ser amigo de ninguém, acho que isso que conta.

Achei muito legal ele me defender. Com aquilo o PJ encerrou o treino e todo mundo foi indo embora, como o esforço físico não foi tanto, vários foram embora sem tomar banho, eu resolvi ficar e ir ao vestiário mesmo assim, o Mário me seguiu.

— E ai cara, beleza? Ainda não tinha falado contigo esse ano. Você é mesmo difícil né?

— Que nada. Respondi. — Esse começo de ano está sendo uma bosta, isso sim, por isso estou sumido mesmo, de que buraco saiu esse trouxa do Daniel hein?

— Não sei. — Falou ele rindo. — Vai tomar banho? — Completou com um leve ar de interesse.

— Vou sim. — Respondi.

Entramos no vestiário e haviam apenas mais dois colegas tomando banho. Entrei em um box e o Mário em outro que ficava ao lado. Demorei bastante no banho e notei que o Mário também não saiu. Como ele normalmente toma banho rápido imaginei que estava realmente com segundas intenções. Mário era um moreno muito bonito, daqueles que tinha o cabelo duro e usava bem raspado como se fosse do exército. Tinha 1,82, exatamente 10 cm a mais do que eu. Ele tinha um pênis bem grande, eu nunca havia medido mas ele me disse certa vez que tinha 19cm, e além disso era grosso que assustava. Tão grosso que não tive coragem de transar com ele quando ficamos, o que também ocorreu no vestiário no ano anterior. Também recusei convites pra ir a casa dele com medo de ter que rolar penetração. Ele não sabia detalhes da minha orientação sexual, achava que eu era um “mano” que gostava de chupar rola e eventualmente poderia gostar de ser enrabado também. Me sai dele com a desculpa de que curtia chupar mas nunca havia dado e ele caiu feito um pato. Como ele não sabia do box, resolvi tomar a iniciativa, sai do meu e chamei:

— Mário? Tá ai cara?

— Tô sim.

— Esse banho não termina não? Falei rindo.

— Termina cara, é porque to precisando dar uma relaxada e ai to demorando mesmo.

— Quer ajuda? — Falei empurrando a porta do box dele, que não demonstrando surpresa alguma me puxou pra dentro.

A rola já estava duríssima, ele segurou ela e forçou minha cabeça para baixo. Eu sabia que não rolaria beijo com ele e isso também foi motivo pra ter ficado com ele só uma vez, mas achei bacana demais ele ter me defendido e resolvi dar uma recompensa, me ajoelhei e comecei a chupá-lo com todo capricho.

A cabeça era do tipo que eu precisava abrir a boca toda para abarcar com os lábios. Ele tentou forçar com violência e machucou meu lábio inferior contra meus dentes. Ele é muito apressado. Segurei o cacete e chupei o saco, ele gemeu baixinho com medo de alguém entrar e ouvir, impaciente, me puxou pelos cabelos e me fez engolir a cabeça de novo, forçando uma garganta profunda que não consegui fazer direito porque deu ânsia de vômito devido a espessura absurda da sua rola.

— Cara, deixa eu meter no teu rabo deixa? — Ele me pediu.

— Cara, curto não, já te disse. — Falei mentindo porque na verdade não dava com medo de ser partido ao meio

— Coloco só a cabeça.

— Só essa cabeça já vai me fazer ver estrelas. Desculpa Mário, é porque não curto mesmo, relaxa ai que vou te fazer gozar.

Abri bem a boca e deixei ele estocar com firmeza, segurando na base do pau para não entrar tudo e me engasgar. Ele passou a enfiar com mais violência ainda e machucou meu lábio inferior de novo, senti até gosto de sangue, mas antes que eu pudesse reclamar senti um líquido quente invadir minha boca em vários jatos, segurei então o cacete com as duas mãos e fui sugando ate ele ficar totalmente mole. Quando ele terminou, seu pau tava todo murcho e minha boca cheia de sêmen. Cuspi no vaso sanitário e sai do box. Olhei meu lábio por dentro no espelho e vi que tinha feito um ferimento considerável. Filho da mãe. Por causa disso sai rápido do banheiro sem nem me despedir.

Peguei um táxi para ir para casa e subi correndo porque queria tomar um banho bem caprichado, escovar os dentes pra tirar gosto do Mário da boca e comprar algum remédio para o ferimento. Procurei um nome de pomada na internet e pedi na farmácia. Tomei um banho super relaxante e fiquei pensando se foi uma boa chupar o Mário de novo. Tomara que ele não ficasse pegando no pé querendo me comer. Se ficasse eu teria que ter muito jogo de cintura, senão ele acabaria apoiando o Daniel contra mim. Santa Mãe de Deus, estou agora querendo trocar favores sexuais pra ser capitão de time de colégio. Minha consciência pesou geral e decidi que não ia ficar mais com o Mário, se ele fosse apoiar o Daniel, que se foda.

Estou nessas divagações quando o Roney liga.

— fala viadinho. — Falei à guisa de um alô.

— Diz mona, a sra. Não vai acreditar em quem eu vi.

— O carinha do BNB?

— Isso, e não foi só ver não, fiz outras coisas também.

— O que tu fez, viado? Conta!

— Só depois dos comerciais, a Sra. vem aqui pra casa eu eu conto tudo, senão morraaaaa de curiosidade.

Não tinha jeito, a bicha era boa em chantagens, me arrumei e fui para a casa dele saber o que tinha rolado no BNB afinal.

Comentários

Há 3 comentários.

Por ANJO DO AMOR em 2013-08-12 05:47:49
cadê o resto da história???
Por ANJO DO AMOR em 2013-08-12 05:47:24
cadê o resto da história???
Por Oi em 2013-08-08 18:29:15
Hahaha divertido,contagiante e envolvente...Muito legal continua rápidoooo