Capítulo 01

Parte da série Tipo para Sempre - A História de Caio

Saudações a todos, eu me chamo Caio. Sou gay. Tenho 24 anos. Cor de pele branca com sardas. Corpo definido. Cabelos bem lisos e negros que gosto de usar curto e espetado, sempre com gel para manter o visual imutável.

A história que vou contar se passou na minha adolescência e trata de como descobri minha sexualidade e como lidei com ela até ser o que sou hoje. De antemão peço desculpas por erros e inconsistências, estou escrevendo esse relato a partir de apontamentos que fiz em um antigo diário, mas como tal diário não era regular, passava semanas e meses sem escrever nele, serviu apenas de norte para criar uma sequência cronológica para os acontecimentos.

Bem, tudo começou quando eu tinha 16 anos, foi um ano chave na minha vida em virtude de várias coisas que vocês entenderão no decorrer da história. Eu nasci e moro em Fortaleza—CE, meu pai é sócio e presidente de um grupo de empresas tradicional no estado. Minha família sempre possuiu boas condições de vida, inclusive alguns dos meus parentes é do tipo que acha que tem o rei na barriga, que pertence à nobreza ou algo assim, apenas por nascerem com mais dinheiro que os outros. Felizmente não fui educado dessa forma por causa de minha mãe, que apesar de ser alguém da elite, era adepta da Umbanda desde pequena, o que lhe ensinou a ser bastante humilde. Ela me ensinou a respeitar todas as pessoas, religiões e raças. Infelizmente ela havia falecido quando eu tinha 11 anos, é algo que me doí muito e até hoje não gosto de falar.

Eu sou o mais novo de três irmãos, quando eu tinha 16, meu irmão mais velho tinha 22 e cursava Administração em uma faculdade particular e minha irmã do meio tinha 19 e fazia medicina em São Paulo.

Era o meu último ano no colégio e aquilo me fez acordar para o primeiro dia de aula como um sentimento nostálgico antecipado, seria meu último primeiro dia de aula. O último ano de convivência com meus dois melhores amigos, Sâmia, uma loirinha muito bonita e Roney, um dos gays assumidos do colégio, que nem tinha como não ser assumido porque é bastante afeminado. Formávamos um trio bem popular, o jogador de basquete metido a besta, a loira arrogante e o viado.

A história de como ficamos amigos valia toda uma história a parte, mas vou resumir aqui. Quando conclui o último ano do fundamental fui transferido de um colégio religioso para um colégio grande, para me preparar para o vestibular e tal, sempre tive fama de metido a besta e isso na verdade era uma máscara para esconder minha sexualidade. Sempre pratiquei esportes, tive um corpo legal e comportamento bem masculino, era daquele tipo que ninguém desconfiaria, minha única falha era não gostar de meninas e me escondia por trás de uma máscara de arrogância para ninguém notar isso.

Quando cheguei no colégio novo eu era uma sensação, carne nova no pedaço. Todo mundo já se conhecia, entrei para o time de basquete e me destaquei muito, isso associado ao meu estilo largadão me deram boa fama com as garotas. A Sâmia era muito amiga do Roney e usou ele para chegar em mim e fazer o cartaz dela. Eu tentei me sair de toda forma, mas acabei ficando com ela. Durante os beijos e amassos ela notou meu desconforto, e por ser daquelas pessoas cujo extrovertimento chega a ser invasivo, acabei confessando que curtia garotos e morria de medo das pessoas descobrirem. Chorei no ombro dela e nos tornamos amigos inseparáveis, o Roney acabou tendo que saber também porque ele só vivia grudado nela, mas isso foi bom porque ganhei um amigo a mais. Hoje todo mundo pensa que eu tenho algo com a Sâmia e o Roney é o viado de estimação do casal, quando na verdade somos os dois amigos gays dela.

Meu pai tinha um faz—tudo da empresa, o Marcos, que também me levava e trazia do colégio. Apesar de ser uma coisa muito cômoda, tal conforto só servia para a ida ao colégio, qualquer outro local para o qual eu quisesse ir, teria que pegar ônibus, carona ou adular meu irmão mais velho, o que era muito embaraçoso porque nossa relação era meio difícil.

O Marcos me deixou em frente ao colégio, me deu boa sorte e partiu, peguei o celular e disquei pra Sâmia:

— Onde é que você tá hein, rapariga? — Eu só tinha essas conversas com ela e o Roney, rasgava mesmo meu lado gay, enquanto passava a maior parte do tempo disfarçando.

— Olha o respeito viado. Estou aqui na porta do colégio olhando pra tua cara feia. Se tu não fosse uma bicha rica eu ia falar pra aprender a olhar para os lados antes de gastar crédito de celular.

Olhei para os lados e ela estava mesmo a menos de 5 metros de mim, fiquei com vergonha e me aproximei. Foi aquele abraço apertado e beijo nas bochechas, fiquei com marca de batom, ótimo pra começar o dia.

— Bicha rica é o caralho viu. A coisa tá preta pro meu lado, esse ano meu pai não me deu grana nenhuma vez e eu tenho medo de pedir. Vivo gastando da poupança que minha mãe deixou, ainda bem que ele não embaça isso.

— Me perdoa, Ca, mas teu pai é ridículo. Já te disse que ele deve te tratar mal assim porque sabe que você é gay.

— Também acho, mas prefiro essa guerra fria do que combate aberto. E vamos falar de coisa boa, cadê o viado ? — Indaguei referindo-me ao Roney.

— Agora ele virou coisa boa? Andou comendo foi? — Alfinetou ela caindo na gargalhada.

— Não fala essas coisas alto. — Falei beliscando-lhe o braço. — E você sabe que minha praia não é comer. — Completei rindo.

— Me poupe de falar o que tu curte, Ca. O Ro está na sala já, eu vim aqui fora ver se tu tinha chegado, seu viadinho atrasado, vamos entrando.

Ela vivia me chamando de viado assim nas conversas e eu vivia reclamando. Cheguei a gritar com ela uma vez de raiva, mas ela é impossível de lidar, por mais que você se estresse, esse é o jeito dela. Ame-a ou deixe-a. E eu amava muito aquela maluca para deixá-la.

Entrei na sala e o professor já tinha chegado, mas a aula ainda não havia começado. Eu conhecia ele, Cláudio, professor de história e gente muito boa, bem jovem e já ensinava no terceiro ano de um colégio grande como o meu. Ele sorriu pra mim, eu correspondi e fui me sentar quase no fundão, onde o Roney já estava marcando uma carteira para mim e as coisas da Sâmia já se encontravam exatamente ao lado.

Cumprimentei alguns colegas e puxei o Roney para um abraço comportado.

— E ai, cara. Beleza? — Minha conversa com meus amigos no meio dos outros era radicalmente diferente de quanto estávamos a sós.

— Tranquilo, Ca. Senta logo aí que a aula está começando.

A aula seguiu tranquila, falando sobre história do Ceará, primeiras tentativas de colonização e alguma coisa sobre índios canibais. Eu estava quase dormindo quando vejo o Cláudio perguntar se haviam alunos novos. Apenas três se manifestaram e um deles me chamou muito a atenção. Se chamava Daniel, era um moreno muito bonito e musculoso, dizia que era do Paraná e que havia se mudado com a mãe para Fortaleza. Eu quase comi ele com o olhar, ficou tão evidente que o Roney me deu um tapinha no braço para eu disfarçar. Daniel foi o tema das nossas conversas no intervalo.

— Gato demais ele né, Ca?

— É sim, bonito, eu pegava. Mas acho que ele é do departamento da Sâmia.

— Eu não boto minha mão no fogo – Falou a Sâmia. — Quando te vi chegar no colégio foi do mesmo jeito, Caio. Que homem lindo. Quero pra mim. Todo metido a machão, atleta de basquete. E no final descobri que meu príncipe era uma princesa.

Caímos na gargalhada.

A última aula do dia já era Educação Física, uma das minhas preferidas. O professor, Pedro Jorge, que chamávamos de PJ, gostava muito de mim, o que chegava a gerar ciúmes dos outros. Entretanto, isso se devia ao fato de eu ser realmente bom em basquete. Aviso aos pervertido que têm fantasia com professor de educação física, que o PJ era senhor, mais de 45 anos, casado, com filhos e ainda tinha barriga.

Cheguei na quadra já com a roupa correta, o Roney usava um atestado médico falso para não fazer exercícios, então eu e a Sâmia deixávamos nossas coisas com ele, que ficava na arquibancada da quadra nos observando. O Professor liberou as meninas para ficarem a vontade, então a Sâmia se juntou ao Roney. De início não entendi porque o PJ fez aquilo, mas quando me juntei ao grupo entendi.

Do lado dele estava o Daniel, mais lindo ainda em roupas de educação física. Aqueles calções com forramento que deixa o pênis livre. As vezes eu me desconcentrava vendo os membros dos colegas por debaixo dos calções. E foi através destas olhadas que fiquei com dois caras da equipe do basquete, o Mário e o Flávio, mas isso tinha sido no ano anterior.

— Pessoal – Chamou o PJ apontando para o aluno novo – Esse aqui é o Daniel, ele já ganhou várias competições de basquete estudantil no Paraná e agora está com a gente. Como a sala de vocês possui 3 jogadores da equipe do colégio, achei bom apresentar ele, que está dentro com certeza.

Eu olhei impressionado para ele, e vários colegas me olharam como para ver minha reação. Eu era o cara do basquete e estava sendo apresentado alguém que pelo currículo devia ser bem melhor que eu. Confesso que fiquei com ciúmes, mas não havia nada que pudesse fazer. Fizemos uns aquecimentos e depois jogamos basquete entre a galera da sala. O Daniel mostrou mesmo ser muito bom, me deu duas cortadas bem aplicadas o que me fez ficar emburrado com ele. Ele devia saber que eu era tido como o melhor do colégio e fez de propósito. Sai da quadra pra ir tomar banho puto da vida com ele, não precisava tentar me humilhar na frente da turma. Tomei meu banho e quando estava saindo do banheiro ele vinha entrando.

— Você é o Caio não é? — Indagou me abordando.

— É, sou eu sim. — Respondi meio surpreso dele falar comigo.

— Prazer Cara, Daniel, eu sei que você se garante no basquete, vamos ser companheiros de equipe. Amigos? — Falou estendendo a mão e abrindo um sorriso irresistível.

— Amigos. — Respondi meio a contragosto aceitando o aperto de mão.

Encontrei Roney e Sâmia na saída da quadra me esperando. Ele me olhou com cara de espanto de disse:

— Amiga, o que foi aquilo. O boy novo queria atropelar a Sra.!

— Não fala comigo assim, porra. Vocês ainda vão queimar meu filme. — Falei tomando minhas coisas dele e indo embora.

Estava passando da hora de saída já, então o Marcos já devia estar me esperando. Fui grosseiro com meus amigos, mas era muita coisa pra processar. Eu não sabia se desejava beijar a boca do Daniel ou dar um soco na cara dele, a segurada opção era cada vez mais tentadora, mas a vida aprontaria umas boas comigo e me ensinaria muitas coisas naquele ano.

Cheguei em casa mais calmo e liguei para a Sâmia e o Roney pra pedir desculpas aos dois. Expliquei a eles que tinha achado o Daniel bonito e pensei em fazer amizade, mas ele apenas me sacaneou durante o jogo para no final vir com aquele sorriso debochado oferecendo amizade.

— Bicha, se ele bater mais um pouco em ti, tu se apaixona, cuidado. — Falou a Sâmia, ganhando em troca mais alguns palavrões por telefone.

Com o Roney foi mais tranquilo, ele nunca se alterava diante dos meus estresses relacionados com a forma que eles me tratavam em público, talvez por isso conseguimos ser tão amigos. Meu sangue ferve fácil e às vezes em um rompante de raiva eu crio uma inimizade para a vida inteira. Ele me aconselhou a ser amigo do cara, disse que eu já sabia que não era o melhor jogador de basquete do mundo, então deveria relaxar com a situação.

Moro em um apartamento bem grande, um por andar e tenho meu próprio quarto, passo a maior parte do tempo lá e dificilmente vejo meu pai. Meu irmão vejo com mais frequência, não que seja do meu agrado, mas ele passa muito mais tempo em casa.

Cheguei no quarto e tirei o fardamento, fiquei só de cueca e deitei na cama. Eu só uso cueca Boxer, preta ou branca, naquele dia usava uma branca que estava suada pelo uso e um pouco molhada também. Fechei os olhos e acariciei meu saco por cima da cueca, fiz leves movimentos com a ponta dos dedos e suspirei de prazer. Senti o sangue correndo para o meu pênis, aumentando seu volume, meu órgão tem 17 cm, é bem branquinho e levemente curvado para a esquerda. É consideravelmente grosso e tem uma glande robusta, mas nada desproporcional ao tamanho do membro. Acaricio ele de leve até ficar completamente enrijecido, chega a doer a pressão do pau na cueca, ele clama por liberdade. Puxo minha cueca para baixo e deixo o cacete respirar.

Dando mais um suspiro, molho alguns dedos com saliva e passo na cabeça do pau, que entumesce mais ainda. Seguro na base bem de leve e começo os movimentos de vai-e-vem. Com um único movimento, tiro totalmente a cueca e levo ela até meu nariz. Está com cheiro de macho molhado, adoro isso. Mesmo sendo meu próprio cheiro, fechando os olhos posso quase sentir outro macho por cima de cima e imagino que aquela é a cueca dele, que eu tirei para cheirar e morder antes de abarcar seu membro com minha boca.

Involuntariamente surge na minha cabeça a figura de Daniel, imagino ele totalmente pelado, suado do jogo. Visualizo-me lambendo o suor escorrendo pelo seu peito e meu pau dá pontadas de tesão. Antes que eu me aperceba estou fantasiando loucuras com ele no banheiro da escola, prevejo o orgasmo chegando e acelero os movimentos. Sinto vários jatos de sêmen atingirem minha barriga, jogo as mãos para o lado exausto, curtindo o momento de êxtase. Concluo passando um dedo na barriga e levando a boca pra sentir o gosto do meu próprio prazer.

Levanto e tomo um banho para ir almoçar. A empregada doméstica da minha casa se chama Efigênia, mas eu costumava chamá-la de Fi. Geralmente, apenas eu almoço em casa. Meu irmão trabalha com meu pai e ambos costumam almoçar fora. Mesmo assim sempre tem de tudo preparado pra mim. A Fi me trata como o filho que ela não teve, talvez porque ela teve apenas duas filhas e as duas já estavam casadas há bastante tempo. Fi trabalhava com minha família desde o casamento dos meus pais, ajudou a me criar e talvez fosse a única pessoa adulta que, à época, entendia um pouco meu íntimo.

Comi e fui dormir. Adoro dormir. Se dependesse de mim, passava o dia inteiro caído no sono. Acordei às 19 horas e liguei o computador. Roney está on line e puxa assunto.

“— E aí tesão, tc de onde?”

“— Tc da casa da rapariga tua mãe.”

“— Você é ativo ou passivo? Tem local?”

“ —Não enche Roney, você falando isso da vontade de entrar no uol e procurar alguém.”

“— Sabia que uma hora você se entregava, safadinha. Tá mais calminha?”

“— Tô sim, nada que uma boa punheta e umas horas de sono não resolvam. “

“— Ia te chamar pra vir aqui, mas você não atendeu o celular, a Sâmia veio, estamos fazendo sabão a horas.”

“— Devem estar é falando mal da minha vida.”

“— Se fosse só da tua. Não perdoamos ninguém. Mas fala, quer vir aqui não?”

Eu morava a uma distância de oito quarteirões do Roney, dava para ir, mas a preguiça falou mais alto e eu recusei. A conversa dele realmente me deixou saudoso dos bate-papos. Estava há meses sem transar, passei as férias andando pelo shopping, indo a cinema, nada de homem. Meu lance com o Flávio tinha sido pouco antes do fim das aulas, e eu fiquei naquela expectativa de rolar algo, mas o ele apenas ficou me evitando. Como ele tinha terminado os estudos, eu não mais o encontraria pelo colégio. Ainda tinha a dúvida acerca da possibilidade de rolar um algo a mais entre a gente.

Falando no capeta, mal fui tomado por tais pensamentos, vejo uma janelinha piscando com o nome do Flávio, vou verificar e se trata de um tímido cumprimento.

“— Oi.”

“—Oi.” (muita cara de pau dele me ignorar as férias inteiras e vir do nada dando um oi)

“— Tirei minha carteira de motorista.”

“— Parabéns.”

“— Quer dar uma volta?”

“— Sou maria gasolina não.”

“— O que houve Caio? Porque está me respondendo dessa forma?”

“— Nada cara, só passei as férias querendo conversar contigo e você sumiu.”

“— Pois bora conversar hoje, to passando ai pra te pegar.”

Eu fiquei sem reação e concordei. Pulei da cadeira e fui tomar um banho bem caprichado. Vesti uma roupa bem presença e me perfumei todo. Não era apaixonado pelo Flávio nem nada, mas ele foi o primeiro cara que tive uma sequencia de ficadas. A coisa mais próxima de namoro que já tive, então ele mexia comigo. Queria ter aquela conversa com ele faz tempo.

Não levou meia hora e meu celular toca, é ele. Já está lá embaixo.

Desço correndo e meu irmão esta na sala, não dou nem boa noite. Lá embaixo vejo o Flávio em um carro diferente do que eu saia com ele, era um Peugeot 206 prata, parecendo novíssimo. Reconheci o carro falando com ele ao celular e entrei.

— Parabéns pelo carro viu. — Falei sorrindo.

Ele não disse nada, apenas puxou minha cabeça e me deu um beijo de língua de tirar o fôlego, ao qual correspondi.

— Obrigado pelos parabéns. — Disse ele largando minha cabeça. — A boca continua gostosa como sempre foi.

— Valeu. Me pegou de surpresa seu louco. Vamos pra onde?

— Vamos lá pra casa, estou sozinho.

A casa dele ficava em um bairro um pouco distante, mas fomos no caminho conversando, ele disse que tinha passado para agronomia na Federal e que estava em dúvida entre encarar esse curso e fazer Direito em uma particular. Eu disse a ele que eu faria a Federal, é tipo um sonho meu, fazer qualquer curso mas ter a satisfação de dizer que entrei. Ele perguntou que curso eu faria, eu disse que não sabia ainda, que tinha vontade de fazer direito mas não tinha muita confiança e adorava história também.

— História o que rapá. Faz direito. Você pode.

Chegamos na casa dele. Era uma casa comum de classe média, com portão eletrônico, um muro de pedra, varanda bem cuidada, vaga para 2 carros e um jardim bem cuidado. Ouvi latidos dos dois pitt bulls que ele criava, mas sabia que estavam presos. Era uma casa típica de classe média,. Ele me ofereceu água e eu aceitei. Após isso fomos pro quarto dele.

— E aí? — Perguntei me sentando na cama dele.

— Como assim e ai? — Respondeu ele em pé na porta.

— E aí tudo cara, a gente fica um monte de vezes e quando acabam as aulas você desaparece sem dizer nada, fica dando desculpa esfarrapada.

— Porque a gente não se entende fazendo o que a gente faz melhor? — Falou ele enquanto sem cerimônia alguma baixava a bermuda e a cueca e expunha o pau para mim.

Flávio era pardo e bem alto, tinha 1,92, típico de quem joga basquete. Aliás, era um mistério eu ser o melhor do colégio, porque sou baixinho comparado com os outros jogadores. Ele era musculoso, nada muito exagerado, e tinha corpo típico de quem praticou muita natação. Seu pênis era de porte médio e espessura considerável, daqueles que dá um trabalho enorme para penetrar. Eu confesso que fantasiei muito em voltar a ficar com ele, e essa vontade contida me fez entrar no jogo dele ao invés de continuar a conversa séria.

Peguei seu membro, mas antes de fazer qualquer outra coisa, me levantei de dei um longo beijo na boca dele.

— Senti muito tua falta seu cachorro. — Falei sussurrando

— Pois mata a saudade, chupa essa rola bem gostoso.

Abaixei-me lentamente e já fui enfiando-o por inteiro na boca. Adoro fazer garganta profunda, enfiar tudo boca adentro e sentir o cheiro dos pentelhos de um macho. Após ele dar várias estocadas na minha boca, interrompi para lamber seu saco. Notei por seu nível de tesão que ele estava mais na seca ainda do que eu, urrava de prazer só com meu oral.

— Tira da boca, senão vou gozar, preciso gozar no teu rabo. — Falou ele ríspido.

Levantei e tirei a roupa. Ele pegou camisinha e gel em um criado-mudo e me pôs de quatro na cama enquanto ficou em pé por trás. Sem cerimônias alguma foi logo encaixando seu membro na minha bunda.

— Flávio, devagar cara, você sabe que eu sou apertado pra caralho. — Falei a ele pedindo pra ir com calma. Meu rabo me dá muito trabalho pra ser passivo, eu sou apertado demais, mesmo um cara de pau comum como ele só consegue me comer após uns bons minutos tentando enfiar. O Flávio já sabia como a coisa funcionava e, contrariando a minha expectativa de sofrer uma penetração brusca, ele enfiou apenas um dedo, que mesmo assim me fez dar um gritinho.

— Ai, porra.

— Relaxa, que é só um dedo. — Reclamou ele. — Logo você vai levar ferro pra valer.

Ele esperou um pouco e enfiou mais um dedo, dobrando a ardência que eu já sentia, apesar do meu esforço para relaxar. Senti-o me lambuzando mais ainda de gel. Melou bem os dedos e enfiou lá dentro para lubrificar bem a entrada, jogou muito gel na mão e lambuzou o pau todo por cima da camisinha e então segurou minha cintura com uma mão e com a outra colocou a cabecinha bem na entrada.

— Devagar, cara, devagar. — Implorei.

— Calma, relaxa. Relaxa. — Falou ele enquanto eu sentia seu membro escorregando para dentro de mim.

— Puta que pariu. Devagar porra. — Continuei implorando enquanto meu corpo era invadido por um misto de sensações de prazer e dor.

Flávio não sentia dó dos meus gemidos, mal enfiou tudo já segurou com as duas mãos e passou a dar estocadas bem fortes, ele estava com tanto tesão que não levou 5 minutos e já o senti inchando dentro de mim e soltando vários jatos de esperma na camisinha. Pedi pra ele não tirar o pau e acelerei uma masturbação até também atingir o orgasmo.

Fui ao banheiro me lavar e ele me deu uma toalha limpa. Mal vesti a roupa de volta, deitei do lado dele e tentei me aconchegar, mas ele me evitou e sentou na cama, me encarou e disse:

— Caio, não leva a mal cara, você é gente fina, é moral, tem um corpão, mas eu não curto parada séria com caras, pensei que isso tivesse ficado claro desde o início, mas achei que você estava se envolvendo demais.

Eu fiquei pasmo, porque tinha até esquecido da conversa que queria ter. Senti meus olhos ficarem marejados de lágrimas, não por eu gostar dele, mas pela forma como ele me tratou, como se eu fosse uma vadia, um objeto. Porque aquele filho da puta não disse aquilo em nossa conversa on line? Tinha que me levar pra casa e me foder do jeito que quis para poder dizer o porque do seu sumiço. Deu vontade de praguejar contra as próximas cinco gerações da família dele, mandá-lo ir plantar batata no asfalto e pegar água do mar para aguar, mas minha surpresa misturada com meu instinto escorpiano de engolir ofensas para me vingar depois apenas me permitiram dizer.

— Não quero ouvir mais nada. Por favor. Me leva pra casa.

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