O garoto da casa ao lado

Parte da série Meu amor se mudou pra casa ao lado

Vou começar me apresentando, meu nome é Felipe, tenho 18 anos, sou alto, loiro, tenho um corpo bacana e nunca namorei na minha vida. Apesar de todos os problemas do dia a dia, eu sou um cara tranquilo, consciente e responsável. Nunca comentei com ninguém sobre minha opção sexual, mesmo porque nunca tive alguém para falar sobre essas coisas.

Tive momentos em que eu era desesperado para ter alguém pra conversar, desabafar, contar tudo o que estava me incomodando naquela hora. Mas eu tinha consciência de que nenhum dos meus amigos ou familiares me entenderia se eu me abrisse, e, provavelmente, me rejeitariam. Cresci um pouco solitário, sempre fui muito apegado à minha mãe e nunca tive muitos amigos!

Desde pequeno eu me acostumei a ver meus pais discutindo por motivos bobos, muitas vezes eles chegaram a falar de divórcio, mas no dia seguinte estavam de bem um com o outro, como se nada tivesse acontecido, e somente eu guardava a mágoa de ver todas aquelas discussões entre os dois. Acho que isso me fez amadurecer cedo, psicologicamente falando. Sempre corri atrás de oportunidades para o meu futuro sem nem precisar de incentivo dos meus pais, ou melhor, da minha mãe.

Antes de mais nada eu queria dizer que eu nunca escrevi antes, então peguem leve nas críticas, por favor, rs. Se vocês gostarem, eu posto a continuação logo.

Mas enfim, vocês já me conheceram bem em poucas linhas, então vou começar a minha história.

Em setembro do ano passado, quando eu ainda tinha 17 anos, eu estava terminando o ensino médio e o curso técnico que eu fazia. Era ensino médio de manhã e curso técnico de tarde, tudo na mesma escola, porém, não eram integrados.

Na última semana daquele mês de setembro, mais precisamente no dia 27, quinta feira, eu tive um dia de aula como todos os outros, com duas provas no curso técnico. O que importa aqui é que quando eu voltei pra casa, já estava escurecendo, mas eu vi um caminhão de mudança parado na casa ao lado, que estava desocupada havia 8 meses. Tentei enrolar um pouco pra abrir o portão da minha casa e fiquei espiando pra ver se os novos vizinhos já estavam por ali, mas só vi os homens descarregando alguns móveis. Rezei pra que os novos vizinhos fossem mais simpáticos do que os vizinhos anteriores, desisti de espiar, destranquei o portão com minha chave e entrei em casa.

Minha mãe estava terminando de preparar o jantar, meu pai já não vivia mais com a gente. Esqueci de comentar que os dois finalmente se divorciaram em abril de 2012 e meu pai foi viver um tempo com os pais dele em outra cidade, não tenho ideia de onde ele foi depois, e também não me importo. Também não quero falar sobre o divórcio agora.

Talvez vocês estejam pensando que eu estou sendo muito insensível com relação ao meu pai. Mas depois de passar tudo o que eu passei com ele dentro da mesma casa, e depois de ver minha mãe chorando tanto depois das discussões, eu sabia que a melhor coisa pra todos nós era o divórcio, mas como eu não podia implorar por isso, tive que esperar que os dois tomassem essa decisão e seguissem com ela até o fim.

Quando entrei na cozinha, senti o cheiro bom da comida da minha mãe. Ela cozinhava bem, a comida dela era daquelas de fazer qualquer um pedir mais, hehe. Esqueci de dizer que o nome dela é Fátima.

Fátima: Boa noite, filho. Chegou mais tarde hoje, aconteceu alguma coisa?

Olhei no relógio e vi que eu tinha chego vinte minutos mais tarde, pode parecer pouco pra vocês, e pra mim também, mas não pra minha mãe, rs.

Felipe: Esqueci meu pen-drive no computador da escola e tive que voltar buscar.

Fátima: Entendi.

Felipe: Vamos ter vizinhos novos, é?

Fátima: Parece que sim, ouvi o vizinho da casa mais ao lado perguntando aos funcionários da mudança sobre a família...

É claro, aquele cara era fofoqueiro e curioso, duas coisas horríveis em qualquer pessoa. Mas já que ele já tinha perguntado...

Felipe: Você ouviu a resposta?

Fátima: Sim, a família é de uma cidade que fica a quase 100 quilômetros daqui. Não sei em quantas pessoas são e nem porque estão se mudando.

Felipe: Não sabe mais nada?

Fátima: Não.

Pensei que, pelo menos essa família podia ter um garoto da minha idade e bonitão pra que eu pudesse ficar espiando ele na piscina pela janela do meu quarto. A família anterior era um casal de idosos. Espiar aquele velho na piscina não era nada divertido.

Descrição da casa vizinha e da minha casa: ambas são parecidas, com dois andares e piscina na parte dos fundos. Meu quarto fica no andar de cima e com janela pro lado da casa vizinha, por isso eu posso espiar a piscina deles com a mordomia de estar sentado na minha cama, hehehe.

Não tive muito assunto com minha mãe naquela noite até o momento que ela disse: “Seu pai ligou hoje, perguntou sobre você”.

Felipe: Grande coisa.

Fátima: Eu sei que você tem muitos motivos pra não gostar dele, mas pelo menos você poderia falar com ele de vez em quando, só pra dizer que está tudo bem.

Felipe: Você fala como se você não tivesse motivo pra não gostar dele.

Ela deu um suspiro. Ela sabia que tinha muito mais motivos que eu. Aquela conversa acabou ali. Eu levei meu prato até a pia quando terminei de comer.

Felipe: Não posso te ajudar com a louça, tenho que estudar pra prova de amanhã.

Fátima: Tudo bem, filho.

Sai da cozinha e subi as escadas com pressa. Eu realmente tinha prova, mas não ia estudar. Peguei a bermuda que eu usava pra dormir, uma cueca, tirei minha roupa ali mesmo, tirei até mesmo a cueca, espiei o lado de fora do meu quarto, pra ver se minha mãe estava por perto, e saí apressado até o banheiro quando vi que ela não estava (não queria que ela me visse pelado, kkkk).

Enrolei um pouco no banho, eu tinha essa mania de colocar a cara debaixo do chuveiro e deixar a água escorrer, sem estar pensando em nada. Era o único momento do meu dia que eu estava realmente sozinho, sem ninguém pra estragar o momento.

Quando sai do meu banho, me vesti dentro do banheiro, mas ainda assim coloquei só uma cueca e bermuda (fiquei sem camisa), finalmente fechei a porta do meu quarto e deitei na cama. Fiquei encarando o teto, pensando nos novos vizinhos. Minha mente começou a viajar muito e eu pensei como seria se os novos vizinhos tivessem um filho bonitão que ficasse o dia todo na piscina. Fui viajando cada vez mais com essa ideia e acabei me excitando, eu não pretendia me masturbar, mas o desejo falou mais alto. Me masturbei moldando mentalmente o corpo dos irmãos, fantasia um pouco diferente do meu normal. Imaginei braços fortinhos, peito e barriga definidos, bundinha redondinha e uma voz grossa, sedutora, pra arrepiar ao sussurrar no meu ouvido. Ok, alguns de vocês vão achar ridículo, mas já experimentaram contar todas as suas fantasias pra alguém? Provavelmente alguma vai fazer alguém rir, rsrs.

Levei um tempinho pra gozar, além disso, não pude me deixar levar e contive meus gemidos (costumo gemer um pouco quando estou prestes a gozar), às vezes um pouco alto, rs.

Gozei bastante no meu peito e na minha barriga, apalpei meu pau da base até a cabeça e um pouco de esperma escorreu pelo meu pau até chegar ao meu saco. Ainda não disse isso: meu pau mede 18 centímetros. Já tive contato com algumas pessoas somente pela internet, algumas diziam que era grande, outras diziam: “da pro gasto”, rs.

No final, tive que abrir a porta do meu quarto e andar silenciosamente pelo corredor até o banheiro, onde me limpei com papel higiênico, lavei minhas mãos e passei uma água no rosto.

Voltei ao meu quarto, fechei a porta de novo, mas dessa vez apaguei a luz antes de deitar. Em menos de dez minutos eu já estava desmaiado. Ainda eram 10 horas da noite, mas ficar o dia inteiro na escola era exaustivo.

Na minha sala não tinha nenhum garoto interessante, a maioria eram gordos ou chatos, ou ainda os dois ao mesmo tempo. Tinha algumas meninas na sala que eu já tinha percebido que ficavam o tempo todo me olhando e “fazendo doce”, como diria meu amigo. Mas eu nem ligava pra elas.

A aula de tarde foi sossegada, tanto que eu fiquei sentado, quieto, pensando nos vizinhos. A imagem do filho bonitão me veio ao pensamento e eu fiquei levemente excitado, haha. Mas procurei pensar em outra coisa... não acho fácil de disfarçar uma ereção usando calça jeans.

Naquele mesmo dia, sexta feira, dia 28, quando cheguei em casa, eu não vi nenhum caminhão de mudança, por isso nem enrolei, cheguei e já abri minha mochila procurando minha chave do portão.

De repente, um homem alto, que aparentava ter uns 50 anos, surgiu. Não tenho ideia de onde, eu não tinha reparado nele.

Ele disse: Boa noite, você é o dono dessa casa?

Fiquei surpreso com a pergunta. Nunca achei que eu tinha cara de dono de alguma coisa.

Felipe: Não exatamente, sou o filho...

Ele: Entendo. Desculpe a grosseria. Meu nome é Vladimir, sou o novo vizinho.

Demos as mãos e falei: Ah, então, seja bem vindo.

Ele sorriu e agradeceu.

Felipe: Você se mudou sozinho pra cá? Precisa de alguma coisa?

Vladimir: Não, obrigado. Eu tenho família, esposa e dois filhos.

Epa! Como assim DOIS filhos? Eu estava preparado para um!

Vladimir: Eles foram com minha esposa até o supermercado, devem chegar já já. Você tem quantos anos?

Felipe: 17 anos.

Vladimir: A mesma idade dos meus filhos. Sabe, minha esposa teve um problema no útero alguns meses depois de dar à luz meu primeiro filho. Por isso decidimos adotar um algum tempo depois. O Gabriel tinha um ano e dois meses quando adotamos o Vinicius.

Felipe: Entendo.

Eu nunca tinha conhecido uma família que adotou uma criança. Não que isso fosse problema, eu só estranhava os dois terem a mesma idade, mas um ser adotado, e o outro não. Me perguntei se eram bonitos, se eram simpáticos, se eles se davam bem entre si, e o principal: se eu me daria bem com eles!

Depois de alguns minutos de conversa sobre o bairro e a cidade, um carro estacionou em frente à casa do Vladimir, ele olhou pra trás e disse: “Oh, são eles”.

Primeiro a porta do motorista da abriu, e a esposa do Vladimir desceu. Uma mulher bonita, com aparência simpática. A porta do passageiro se abriu em seguida, e quase ao mesmo tempo que uma das portas de trás. Foi quando eu gelei.

O garoto da frente desceu primeiro, ele era bem loiro, com um cabelo meio bagunçado, mas sem deixar de ser bonito. E de trás desceu um garoto com o cabelo curto, preto, arrepiado, corpo parecido com o meu! Considerando suas características, eu julguei que esse deveria ser o Gabriel, o filho biológico. O casal não tinha cabelos loiros, mas sim pretos como carvão.

A mulher chegou em mim primeiro, ela me cumprimentou, era realmente muito simpática, seu nome era Sandra. Em seguida, o garoto loiro chegou perto, ele era tão bonito quanto o outro, e até mais porque tinha um rosto perfeito.

O loirinho me estendeu a mão e se apresentou como o Vinicius. Ele tinha um sorriso imenso no rosto, e seu aperto de mão foi forte. Já o outro, o Gabriel, deu um sorriso comum e quase não apertou minha mão. Isso já me fez perder interesse nele, o Vinicius parecia mais simpático e interessado.

É verdade que o Vinicius não tirava os olhos de mim, sempre sorrindo, já o Gabriel evitava contato visual e desviava o olhar sempre que eu olhava pra ele.

Depois que a esposa e os filhos chegaram, não levou muito tempo pra encerrarmos a conversa e irmos para nossas casas.

Naquele dia, depois do jantar, eu subi até meu quarto, escancarei a janela e passei os olhos rapidamente pela casa vizinha, havia luzes acesas, mas ninguém a vista. Sentei-me na cama e encostei-me à parede, de modo que fiquei de costas pra janela, e minha cabeça e ombros ficaram visíveis pra quem olhava pelo lado de fora da casa.

Fiquei um tempo ali, coloquei meus fones de ouvido e fiquei ouvindo música, acho que por quase uma hora. Quando me enjoei, tirei os fones e olhei pela janela de novo. Pra minha surpresa, havia uma janela aberta, quase de frente pra minha, e espiando por aquela janela estava um dos irmãos, levei alguns segundos pra identificar que era o Vinicius.

Ele sorriu de novo e acenou. Retribui tanto o sorriso quanto o aceno.Será que ele estava ali me espiando? Ou será que foi só uma coincidência de eu ter olhado pela janela bem na hora que ele estava ali? Bem, eu nunca descobri essa resposta, rs.

Não estávamos muito longe um do outro, a distância era o quintal das duas casas. Por isso eu pude ouvir quando ele disse com a voz um pouco baixa: “a gente pode se falar amanhã?”.

Falei que sim, tentando não falar muito alto.

Vinicius: Até amanhã então.

Felipe: Até.

E então eu fechei a janela e apaguei a luz do meu quarto, tirei a roupa e fiquei só de cueca. Eu estava usando uma cueca box preta meio colada ao corpo.

Deitado, fiquei pensando no Vinicius... Pensando na chance dele ser gay e estar se interessando por mim. Aos poucos, meus olhos ficaram pesados, começaram a arder e eu tinha que fazer força para segurá-los abertos. Finalmente, dormi.

Comentários

Há 4 comentários.

Por Fernando em 2013-12-16 11:02:30
Olha estou gostando do conto
Por Oi em 2013-08-26 23:28:40
Escreve muito bem...Curti espero ancioso.
Por breart em 2013-08-25 17:53:26
mt dahora
Por LordPi em 2013-08-25 14:18:16
Há! Gostei muito. :D