O garoto da casa ao lado (parte 2)

Parte da série Meu amor se mudou pra casa ao lado

Dormi muito bem naquela noite. Eu estava cansado por causa da escola, e isso me levou a acordar onze e meia da manhã. Quando acordei, estava tão “nocauteado” pelo cansaço que fiquei bravo por um instante, achando que tinha perdido a hora de ir pra escola, mas logo lembrei que era sábado.

Ainda de cueca, eu levantei e fui ao banheiro. Encontrei minha mãe saindo do quarto dela, normalmente eu ficaria envergonhado por ela me ver de cueca, ou melhor, eu nem teria saído do meu quarto só de cueca, ainda mais com a cueca mais apertadinha que eu tinha. Mas aquele dia eu estava despreocupado, e minha mãe já tinha me visto de cueca e sunga algumas vezes. Ela me deu bom dia, respondi e entrei no banheiro.

Quando voltei ao meu quarto, a janela estava aberta, com certeza minha mãe tinha aberto quando viu que eu havia levantado. Olhei meu celular pra ver se tinha alguma mensagem ou ligação perdida, mas não havia nada, como sempre. Então larguei meu celular em cima da cama e desci até a cozinha para “tomar café da manhã”, kkkk.

Peguei um copo de leite, e fiquei em pé, ao lado da minha mãe, que estava lavando louça. Eu era bem maior que ela. Nesses momentos eu me lembrava de alguns contos que cheguei a ler, sobre o filho transando com a própria mãe (costumo ler todos os tipos de contos). Eu achava aquilo errado, muito errado! Mas eu nunca consigo evitar pensamentos eróticos.

Em segundos, senti meu pau ficando duro, não por me imaginar com minha mãe, mas lembrar dos contos que li, me fez lembrar de todos os contos, até mesmo os homossexuais, assim como os vídeos que eu tinha assistido e gostado. Isso sim era o motivo que estava me deixando de pau duro.

Sai apressado da cozinha e fui até meu quarto. Liguei o PC, abaixei um pouco minha cueca, o suficiente pro meu pau ficar todo pra fora. Eu não ia me masturbar, é que ter uma ereção com uma cueca apertada daquelas não me agradava nada. Tirei a cueca só pra ficar mais relaxado, haha.

Fiquei mexendo na net por alguns minutos, nem percebi meu pau voltando ao normal, rsrs. Quando me dei conta, subi a cueca, vesti uma bermuda e voltei à cozinha. Minha mãe tinha terminado de lavar toda a louça, por isso lavei meu próprio copo e o guardei.

Fiquei um tempo na cozinha contando pra minha mãe sobre a conversa com os vizinhos na noite anterior. Ela disse ter visto o Vladimir de longe, quando chegou do trabalho naquela tarde, mas não teve oportunidade de conversar com ele.

Fátima: Os dois filhos dele são legais?

Felipe: Não tive muita conversa com eles. O adotado parece ser bem simpático, já não posso dizer nada sobre o outro, ele me pareceu bem sério.

Fátima: É só até ele se acostumar. Nem todos veem uma mudança de cidade como algo simples.

Felipe: É, eu sei.

Fátima: Bom, espero que vocês se entendam. Eu vou preparar nosso almoço. Quer algo especial?

Felipe: Não, tudo o que você faz fica bom, então tanto faz.

Fátima: Puxa saco... tá querendo dinheiro ou o que?

Felipe: To querendo comer!

Ela deu risada, fez que sim com a cabeça e já foi pegando suas panelas e etc.

Me levantei e subi até meu quarto. Espiei pela janela e vi a janela do quarto do Vinicius aberta. Fiquei olhando por um tempo pra ver se ele aparecia na janela. Mas nem sinal dele. Sentei no computador de novo, a porta estava fechada e minha mãe ficaria ocupada por um tempo fazendo o almoço. O desejo de me masturbar vendo um vídeo cresceu. Cheguei até a abrir um vídeo na internet, mas antes que ele começasse a reproduzir, algo me disse pra parar, fechei a janela e esperei meu pau abaixar de novo. Eu estava pervertido demais naquele dia.

Depois do almoço, minha mãe sentou-se no sofá, ficou assistindo TV, e depois de um tempo ela já estava fechando os olhos. Quase sempre ela dormia depois do almoço. Esperei ela relaxar mais um pouco e subi até meu quarto, mas antes, passei pelo banheiro e peguei papel higiênico.

Nesse momento eu não tinha motivo pra não fazer. Abri o mesmo vídeo de antes e deixei reproduzir.

Desabotoei minha bermuda e abri o zíper quando meu pau começou a ficar duro. Logo tive que tirar a bermuda e a cueca. Comecei a me masturbar ali, sentado na cadeira em frente ao PC. O vídeo tinha uns 30 minutos, e quando foi chegando o fim, eu comecei a me masturbar intensamente pra gozar logo. Quando senti que ia gozar, eu me levantei da cadeira, rapidamente peguei o papel higiênico e cobri a cabeça do meu pau. Me arrependi de não ter pego mais papel, porque tive a capacidade de “encharcar” aquele que eu tinha pego, até rasguei o papel e sujei minha mão. Subi minha cueca e bermuda, me desfiz daquele papel higiênico, lavei as mãos com sabonete pra tirar o cheiro e voltei ao meu quarto, desliguei o PC e me deitei na cama. Eu ainda estava cansado, mesmo tendo dormido bem eu tinha a sensação de cansaço no corpo. Sem pensar duas vezes, tirei a bermuda de novo e cochilei (nessa época eu comecei a me acostumar a dormir só de cueca, até hoje eu não consigo dormir de roupa, nem mesmo no frio, eu tenho que me cobrir bem, ou me agarrar em alguém pra me esquentar :P).

Bom, eu dormi mais de uma hora. E me lembro daquela tarde como se tivesse sido ontem. Saí do quarto com minha maldita mania de ficar de cueca às vezes. Tomei um susto bem grande quando cheguei na sala. Minha mãe estava sentada de costas pra porta por onde entrei. O problema é que tínhamos visitas. O Vladimir e a Sandra estavam de lado pra mim, já o Vinicius estava bem de frente. Ele foi o primeiro que encarei. Ele não soube disfarçar muito bem, arregalou os olhos e ficou me olhando. Foi aí que todos me olharam.

Fiquei nervoso e me enrolei pra falar, depois tentei de novo e a fala saiu: “Me desculpem, eu não sabia que tinha visita”. E saí dali o mais rápido que pude. Fui ao meu quarto e vesti uma bermuda e camisa. Quando voltei à sala, minha mãe começou a rir, e o Vladimir disse: “Cara, você ficou vermelho demais”.

Felipe: Desculpa, eu não sabia que vocês estavam aqui. Eu estava dormindo e..

Vladimir: Que isso, é normal. Fica tranquilo!

Cumprimentei os três e pensei em perguntar onde estava o Gabriel, mas achei melhor não perguntar aquilo.

O único assento livre era no sofá onde o Vinicius estava sentado. Então tive que sentar ao lado dele, o que não foi problema algum. Ele parecia diferente, talvez eu não tivesse reparado muito nele antes por ter ficado mais atento ao Gabriel, ou talvez por ter visto ele no escuro, sei lá, mas ele era mais bonito do que pareceu na noite passada.

Ele me encarou e disse:

Vinicius: E ai, dorminhoco. Acorda onze horas e ainda dorme de tarde.

Ele disse em um tom de voz nada sério. Estranhei aquilo, ele estava agindo como se tivesse amizade comigo há um bom tempo. Mas isso não era problema algum.

Felipe: To cansado. Passo o dia todo na escola, chego em casa de noite e ainda tenho tarefa e trabalho pra fazer.

Vinicius: Verdade, me pai disse que você faz ensino médio e curso técnico.

Então, ele tinha procurado saber mais sobre mim, legal.

Felipe: Pois é, na área de programação de computadores.

Vinicius: Hum, legal. Essa área me interessa, mas nunca tive contato com programação.

Fiquei feliz com aquilo. Eu adorava bancar o professor, por isso comecei a falar algumas coisas pra ele. Nada muito avançado, mas não vale a pena eu colocar aqui, kkkkk.

Quando minha mãe ofereceu café aos pais do Vinicius, eu falei: Quer ver na prática?

Vinicius: Seria legal.

Levei ele até meu quarto, arrumei uma segunda cadeira pra ele e continuei falando sobre programação. Mas fui mostrando na prática, no computador.

Ele se levantou quando encerramos aquele assunto, olhou pela janela e disse: a janela do seu quarto fica bem de frente pra janela do meu.

Felipe: Da pra mandar recado sem precisar de telefone.

Ele riu um pouco e disse: eu não tava te espiando ontem de noite. É que eu vim fechar a janela do meu quarto, e vi a cabeça de alguém. Estava tentando ver quem era quando você virou e me viu.

Felipe: Relaxa. Pode espiar, não tem nada de errado pra você ver.

Dei uma risadinha depois de falar isso. Mas, pra minha surpresa, ele respondeu: Tem certeza?

Meu corpo gelou, não era possível ele ter visto eu me masturbando mais cedo. Mesmo assim, eu falei: Certeza. Fica sossegado.

Vinicius: Que bom...

Mas ele não parecia sério. Seu sorriso era constante, chamativo e me encantava, rs.

Acabamos ficando sem assunto, e acabamos voltando até a sala junto dos nossos pais. Quando chegamos lá, minha mãe estava contando sobre a separação dela do meu pai, provavelmente a Sandra ou o Vladimir haviam perguntado a respeito. Fiquei um pouco estressado, por que as pessoas insistiam em saber essas coisas? Não era suficiente saber apenas que os dois tinham se divorciado?

Fiquei um pouco sério, eu não gostava de ouvir minha mãe falando sobre aquele assunto. Nem cheguei a me sentar, sussurrei que ia tomar água na cozinha e desapareci da sala sem esperar o Vinicius.

Encostei-me a pia e fiquei encarando o quintal pela janela. Mais alguns minutos eram o suficiente pra minha mãe acabar de contar aquela história. Porém, antes que eu decidisse que era hora de voltar, o Vinicius entrou na cozinha, encostou a porta, que quase sempre ficava aberta, e se aproximou.

Vinicius: Você não gosta de ouvir aquela história né?

Felipe: Não é só a história! Eu não gosto de me lembrar de tudo o que aquele cara causou nessa casa. E eu sei que minha mãe também não gosta de lembrar.

Vinicius: Desculpa pelos meus pais terem perguntando.

Felipe: Não é culpa sua... e seus pais não fizeram por mau. Além disso, eu que tenho que pedir desculpas por ter agido assim.

Vinicius: Que isso, cara. Eu te entendo bem. Não foi fácil quando me disseram que eu era adotado. Meus pais deixaram pra contar isso tarde demais.

Felipe: Você ficou muito bravo?

Vinicius: No começo fiquei um pouco. Mas depois eu percebi que eu não tinha motivo pra ficar tão bravo. O ato de me adotar era um gesto de carinho. Dar um lar para uma criança abandonada pelos pais, ou mesmo que os perdeu em algum acidente. E, por parte da criança, preencher o vazio de um filho que, talvez, o casal não possa ter. O que era mais ou menos o caso deles.

Felipe: Mas eles tiveram o Gabriel...

Vinicius: Tiveram sim... Mas minha mãe teve uma doença no útero alguns meses depois, e teve que retirar o órgão. Como eles queriam ter mais um filho, resolveram adotar.

Felipe: Entendi. E você sabe alguma coisa sobre seus pais biológicos?

Vinicius: Me disseram que eles morreram num acidente de carro quando eu era bebê. Dizem que eu estava no carro, e não morri por milagre. Nunca soube nada além disso.

Fiquei em silêncio. Ele parecia ter uma mentalidade de alguém com muito mais idade do que ele realmente tinha. Quase nem parecia o garoto brincalhão de minutos atrás.

Felipe: E seu irmão, lida bem com isso?

Vinicius: Mais ou menos. Os amigos dele não são meus amigos, e vice-e-versa. Não somos chegados, conversamos o básico. No fim das contas, nos damos bem.

Felipe: Entendi. Ele pareceu bem sério ontem de noite...

Vinicius: Às vezes ele é um pouco estranho. Já tentei conversar várias vezes com ele. Mas ele cortava o assunto quando eu perguntava algo mais profundo.

Vinicius: Vamos voltar? Sua mãe já deve ter mudado de assunto. Ou quer conversar mais?

Felipe: Como você reagiu quando soube que iam se mudar?

Vinicius: No começo não gostei da ideia de deixar todos os meus amigos de lá. Só que depois eu comecei a gostar. Fazer novos amigos e quem sabe algo mais...

Felipe: Nunca namorou?

Vinicius: Não... Eu prefiro esperar alguém que valha a pena.

Felipe: Tá certo.

Vinicius: E você? Namora?

Sem maldade nenhuma, eu quis fazer um comentário pra quebrar o clima sério. Fiz a primeira brincadeira idiota que me veio à cabeça.

Felipe: Ah, claro. Faz tempo que não tenho sossego na vida.

Dei uma risadinha, eu fiz o comentário de um modo meio malicioso, não sei o que me deu pra fazer aquilo. E eu pretendia desmentir em seguida. Mas a mãe dele entrou na cozinha falando pra ele que já estava indo embora. Eu olhei pra ela por alguns momentos, e logo olhei pro Vinicius de novo, que estava meio sério, mas seus olhos não estavam mais abertos e alegres como antes. Pareciam olhos tristes, meio fechados e que evitavam contato visual.

Eu queria desesperadamente desmentir. Falar que eu não namorava e nunca tinha namorado na vida. Mas a Sandra interrompeu de novo, se despedindo de mim. E nesse momento o Vinicius também se despediu, sem estender a mão ou me olhar nos olhos, e se foi.

Comentários

Há 3 comentários.

Por Dill por um em 2013-08-30 06:28:50
me add no face Dill garcia...
Por Fernando em 2013-08-29 20:14:19
Gostei de sua história, te mandei uma solicitação de amizade no skype.
Por Lipex18 em 2013-08-29 02:21:19
pessoal, esqueci... se alguém quiser conversar, pode mandar e-mail ou add no skype tbm: felipecontos2013@outlook.com gosto de fazer novos amigos =)