O Poder da Paixão - Prólogo

Conto de Mr. Hollis como (Seguir)

Parte da série O Poder da Paixão

Prólogo

Eu creio que tudo acontece por um motivo, nada é mera coincidência, nada é acaso e nada é e jamais será algo que se deve duvidar. Tudo o que vivemos é fonte de uma série de acontecimentos que está destinado a ser, a acontecer.

De fato eu não poderia dizer que tive a melhor infância, que tive a melhor adolescência. Aos 17 anos de idade, em pleno segundo ano do ensino médio eu vi a minha vida mudar, mudar de forma radical.

Passei três anos da minha fida enfiado em um orfanato para adolescentes em uma cidade do interior de são Paulo. Meus pais morreram depois que a casa onde morávamos desabou devido à chuva forte, minha mãe estava gravida. Eu tinha apenas 14 anos de idade.

Aquela tarde eu estava na escola, a chuva caia forte, trovejava muito e os raios cruzavam o céu deixando seus rastros para trás. Estava olhando a agua cair pelo portão da escola. Horas depois ela havia cessado, então eu poderia ir para casa.

Sai de lá e caminhei para casa em meio a agua e a lama que havia se formado no caminho, o céu ainda estava nublado, cheio de nuvens cinzas escuras que transformava o dia lindo em um dia monótono e pesado.

Cada vez que eu andava eu me aproximava mais de casa, morávamos em um bairro simples no município de Ribeira em são Paulo. Eu caminhei bastante e ao me aproximar de onde ficava a minha casa, pude ver o que acontecera, muita gente perto, muita gente rodeando o lugar, corpo de bombeiro, policiais e outros tipos de pessoas. Minha casa havia sido destruída pela chuva, meu pai havia ficado debaixo dos escombros, minha mãe havia conseguido chegar até a porta mas não foi o suficiente para sair, ela foi levada para o hospital e lá faleceu, mas o meu irmão havia sobrevivido.

Perdi os meus pais, perdi a minha casa, perdi a minha vida. Não tinha família nenhuma mais, meus vizinhos tentaram me consolar, tentaram me ajudar mas nada foi possível.

Passei um mês na casa de um colega da escola, logo depois fui levado para um orfanato, meu irmão teria o mesmo destino que o meu. Não consegui vê-lo, não sabia como ele era nem como estava, meu coração doía muito, meu corpo doía mesmo tendo passado muitos dias, era como se parte de mim fosse arrancado.

Estava olhando pelo vidro da janela do carro, via a minha cidade sumir diante dos meus olhos enquanto o carro se movia em direção ao orfanato, nem vi quando havíamos chegado.

- Hugo – chamou-me uma mulher negra e bem arrumada

Eu apenas olhei para frente, não disse uma palavra, ela abriu a porta do carro e eu sai. Caminhei com ela até o grande portão cinza e adentrei aquele lugar. Tinha muitos adolescentes como eu por lá, muitos estava rindo, muitos estavam jogando uma bola gasta de um lado para o outro daquele pequeno pátio cuja a grama havia sido arrancada pelo pisar constante.

Daquele dia em diante, aquele ali era o meu lar. O primeiro ano foi difícil, apanhei muito ali dentro, os mais velhos brigavam por tudo, pela cama, pela comida, pela agua e queria tomar posse de tudo. Quem estava ali dentro mais tempo queria mandar nos novatos.

Briguei com vários deles, sangrei muito e acabei levando punições por me defender. Só pude conhecer meu irmão no final daquele primeiro ano, um garotinho loiro, olhos azuis e pele branca, quietinho sentado em uma cadeira azul.

Ele lembrara muito minha mãe, tinha o jeito quieto de ser do meu pai, mas sua feição era igual a minha mãe. Novamente chorei ao vê-lo, prometi que tiraria ele dali assim que pudesse.

Dois mais a frente, só o via em poucas ocasiões, como em meu aniversário, natal, o aniversário dele, era quando deixavam vê-lo. A dor foi sumindo devagar, eu apenas sentia saudades, aprendi a conviver dentro daquele lugar, aprendi a me defender. Estava agora com 16 anos, prestes a fazer 17, três anos havia se passado desde o momento em que perdi os meus pais.

Naquela manhã eu estava comendo, sentado no refeitório cuja mesa era grande e estava já amarela devido a sujeira. Briguei com um dos internos por ele ter cuspido em meu prato e no meio da briga soube que alguém me esperava na coordenação. Gelei só de saber que estava indo lá, não queria levar punição, meu rosto queimava devido ao murro que havia levado, se levasse punição seria o fim.

Cheguei a coordenação e a primeira coisa que vi foi um homem de terno preto, ele me esperava e ao me aproximar ele me deu uma notícia que eu não esperava receber, mas que mudou muito a minha vida, eu, junto com meu irmão, estávamos sendo adotados.

_________________________________________

Olá. Sou o Vitor. É a primeira vez que publico aqui, mas tenho dois contos escritos na Casa dos Contos.

é uma Série nova, espero que gostem, é um história bem interessante.

Essa primeira parte é só um prólogo, logo trarei o primeiro capitulo caso gostem.

Não esqueçam de comentar. Please.

Comentários

Há 4 comentários.

Por HPD em 2014-01-15 22:36:41
MUITO BOM. PENSEI QUE IAS PUBLICAR A HISTÓRIA DO HUGO PRIMEIRO NA CDC E QUE IA PUBLICAR OUTRO CONTO AQUI, DEMAIS.
Por kin em 2014-01-15 03:52:43
legal!!!parabéns continua logo
Por fozzi em 2014-01-15 03:51:29
estou ansioso pelo próximo capitulo
Por Pedro Henrique.A.T em 2014-01-15 03:49:59
parece bom!!!quero ver mais